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Erro médico matou mulher, acusa família
Cirurgia para retirar coágulo em hospital público, no Rio, foi feita do lado errado do cérebro, afirmam familiares
Dona-de-casa foi atendida no hospital Getúlio Vargas, onde morreu ontem; para irmã, operação deveria ter sido do lado esquerdo, não do direito
DA SUCURSAL DO RIO
A família de Verônica Cristina do Rêgo Barros, 31, acusou
ontem o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, zona norte do
Rio de Janeiro, de um erro médico que teria provocado a morte da dona-de-casa. O hospital
pertence à rede pública.
Familiares de Verônica acusam os médicos do hospital de
terem operado o lado direito do
cérebro dela em lugar do lado
esquerdo, onde fora localizado
um coágulo. Segundo a família,
um laudo recomendara urgência na intervenção cirúrgica.
O hospital informou que o
médico foi afastado enquanto o
caso é investigado.
"Fizeram tomografia e constataram que ela estava com um
coágulo no cérebro do lado esquerdo, e o médico foi operar.
Só que ele operou do lado direito. Ele abriu a cabeça dela do lado direito, fechou e jogou ela no
CTI (Centro de Tratamento Intensivo), como se nada tivesse
acontecido", disse a irmã de Verônica, Alba Valéria Barros, ao
""RJ-TV", da TV Globo. Ela deu
queixa na 22ª DP (Penha) por
lesão corporal.
Segundo parentes, no dia 1º
Verônica caiu no banheiro de
sua casa, no Irajá, e bateu com a
cabeça no vaso sanitário. No dia
seguinte, depois de sofrer convulsões e reclamar de enjoos
durante a madrugada, ela foi levada ao hospital.
Ainda segundo a família, o
médico Alexandre Legara Machado apontou, em laudo, a necessidade de cirurgia urgente.
Segundo a tomografia, diz a família, Verônica tinha um coágulo no lado esquerdo.
No mesmo dia, ela foi operada por um cirurgião do hospital, que não teve seu nome divulgado. De acordo com Alba,
Verônica foi operada do lado
direito do cérebro.
A irmã da vítima do suposto
erro médico contou que anteontem, ao chegar ao hospital,
encontrou Verônica sendo levada, novamente, para a sala de
operação, onde foi ela operada
do lado esquerdo, local da presença do coágulo. Internada no
CTI, Verônica morreu horas
depois. Ela deixou dois filhos.
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