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SEGURANÇA
Roberto Aguiar defende uma abordagem mais "humana" dos policiais; ocupação de favelas será mantida
Novo secretário quer reeducar polícia no Rio
DA SUCURSAL DO RIO
O novo secretário da Segurança
do Estado do Rio, Roberto
Aguiar, afirmou ontem que um
de seus principais objetivos à
frente da secretaria é "reeducar e
requalificar" a polícia. Ele disse
ainda que quer promover uma reformulação das estatísticas sobre
violência, afim de torná-las mais
eficientes e transparentes.
As duas medidas estão no programa emergencial de segurança
pública da nova governadora Benedita da Silva (PT), que está sendo coordenado por Aguiar.
O plano, a ser apresentando oficialmente nesta semana, prevê
uma mudança da postura do policial na abordagem ao cidadão,
que, segundo Aguiar, deve ser
mais "humana". "Não podemos
fazer da cidadania uma moeda de
troca", disse, em referência a possíveis abusos da polícia com o objetivo de conter a violência.
Para ele, um melhor treinamento do policial reduzirá o número
de mortes de inocentes. "Ficaria
feliz se, ao final dos nove meses de
governo [período no qual Benedita ficará à frente do governo", o
número de mortes de inocentes
por causa de erros e excessos da
polícia caísse drasticamente."
O secretário disse que manterá
as ocupações nos morros e favelas
em casos de violência extrema e
confronto entre grupos de tráfico
rivais, mas que essa medida, isoladamente, não resolve. "É preciso
também o governo estar presente,
com educação, lazer, assistência
social e serviços públicos."
Ações do governo do antecessor
de Benedita, o presidenciável Anthony Garotinho (PSB), serão
mantidas. É o caso das ocupações
permanentes da polícia nas favelas, como a no complexo Cantagalo-Pavão-Pavãozinho (zona sul
do Rio), que serão mantidas e até
estendidas para outros locais.
Uma das prioridades, afirma,
são os morros da Tijuca (zona
norte), onde houve confrontos
entre quadrilhas de tráfico rivais
na semana passada.
No primeiro final de semana do
governo de Benedita, a Polícia Civil realizou uma operação com
cerca de 800 policiais e 350 viaturas em áreas de altos índices de
criminalidade, como bairros da
zona oeste e Baixada Fluminense.
A operação foi iniciada logo
após a posse do novo chefe de Polícia Civil, delegado Zaqueu Teixeira, no sábado -dia marcado por tiroteios entre PMs e traficantes e protestos de moradores.
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