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São Paulo, terça-feira, 08 de abril de 2003

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Chuva atrapalha a limpeza de ribeirão

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
DA SUCURSAL DO RIO

Uma forte chuva que atingiu Cataguases (MG) na madrugada de ontem prejudicou o trabalho de retirada dos resíduos tóxicos que ficaram às margens e ao longo do ribeirão do Cágado, já que os caminhões e máquinas que fazem esse trabalho não podiam trafegar pelas estradas de terra.
As chuvas podem ter levado mais lama tóxica para o rio Pomba, o que será verificado por meio de amostras de água colhidas pela Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) a cada duas horas.
A barragem de resíduos da Indústria Cataguazes de Papel que se rompeu foi reforçada, segundo nota do governo mineiro, "através de um trabalho de compactação emergencial, para poder receber resíduos da segunda barragem", que estava com o nível alto e corre risco de rompimento porque, diz a nota, "se encontrava no limite de sua capacidade".
Apesar do tráfego difícil, a limpeza dos rejeitos das margens do ribeirão do Cágado continuou, com cerca de 60 homens fazendo o trabalho de forma manual.
O governo do Espírito Santo espera que as correntes marítimas e os ventos aumentem a velocidade da dispersão dos produtos químicos que atingiram o litoral sul do Estado. "Esperamos que até o dia 10 as correntes tenham dispersado a mancha", disse o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Fernando Schettino.
Hoje, o presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Marcus Luiz Barroso Barros, estará no Estado para verificar o impacto que o derramamento pode ter sobre o ambiente e os pescadores.
A Feema (Federação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro) informou ontem que a água dos rios Paraíba do Sul e Pomba, no norte fluminense, já pode ser captada por estações de tratamento para ser distribuída para consumo.
Segundo a Feema, caberá à Secretaria Estadual de Saúde decidir sobre a distribuição da água. Para o ambientalista Sérgio Ricardo de Lima, a decisão é uma "irresponsabilidade porque o órgão ainda não divulgou laudo oficial sobre o nível de contaminação".


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