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Chuva atrapalha a limpeza de ribeirão
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
DA SUCURSAL DO RIO
Uma forte chuva que atingiu
Cataguases (MG) na madrugada
de ontem prejudicou o trabalho
de retirada dos resíduos tóxicos
que ficaram às margens e ao longo do ribeirão do Cágado, já que
os caminhões e máquinas que fazem esse trabalho não podiam
trafegar pelas estradas de terra.
As chuvas podem ter levado
mais lama tóxica para o rio Pomba, o que será verificado por meio
de amostras de água colhidas pela
Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) a cada
duas horas.
A barragem de resíduos da Indústria Cataguazes de Papel que
se rompeu foi reforçada, segundo
nota do governo mineiro, "através de um trabalho de compactação emergencial, para poder receber resíduos da segunda barragem", que estava com o nível alto
e corre risco de rompimento porque, diz a nota, "se encontrava no
limite de sua capacidade".
Apesar do tráfego difícil, a limpeza dos rejeitos das margens do
ribeirão do Cágado continuou,
com cerca de 60 homens fazendo
o trabalho de forma manual.
O governo do Espírito Santo espera que as correntes marítimas e
os ventos aumentem a velocidade
da dispersão dos produtos químicos que atingiram o litoral sul do
Estado. "Esperamos que até o dia
10 as correntes tenham dispersado a mancha", disse o secretário
de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Fernando Schettino.
Hoje, o presidente do Ibama
(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis), Marcus Luiz Barroso Barros, estará no Estado para
verificar o impacto que o derramamento pode ter sobre o ambiente e os pescadores.
A Feema (Federação Estadual
de Engenharia do Meio Ambiente
do Estado do Rio de Janeiro) informou ontem que a água dos rios
Paraíba do Sul e Pomba, no norte
fluminense, já pode ser captada
por estações de tratamento para
ser distribuída para consumo.
Segundo a Feema, caberá à Secretaria Estadual de Saúde decidir
sobre a distribuição da água. Para
o ambientalista Sérgio Ricardo de
Lima, a decisão é uma "irresponsabilidade porque o órgão ainda
não divulgou laudo oficial sobre o
nível de contaminação".
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