São Paulo, quinta-feira, 08 de abril de 2004

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Cena comum são filas para o atendimento

DA REPORTAGEM LOCAL

Curativos nos dois pés, a desempregada Eliete Tavares, 40, se equilibrava para dormir num banco de madeira do Hospital Municipal Waldomiro de Paula, em Itaquera, na terça-feira. "Para pegar médico aqui tem que ser insistente", diz.
Eliete não está sozinha. Moradores da zona leste, região onde Marta Suplicy mais tem investido, dão a pior avaliação para a saúde oferecida pela prefeitura.
Na manhã em que Eliete mais uma vez não conseguiu atendimento, clínicos gerais e psiquiatras haviam faltado ao plantão. Quem quisesse atendimento nessas áreas era obrigado a procurar outro hospital. "É sempre assim. A gente vai de um para outro e nunca tem médico", diz Cícero Silva, 46, que há três meses tenta marcar uma consulta para descobrir porque a pele de suas mãos "estoura como bolha de água".
Outro problema é a falta de remédios e equipamentos. O farmacêutico Pedro Gardel, que trabalha numa drogaria particular na frente do Hospital Municipal Tide Setúbal, em Ermelino Matarazzo, diz que vende quase diariamente seringas e agulhas a pacientes do hospital. "Como sempre falta no hospital, eles cruzam a rua, compram aqui e voltam para receber a injeção", diz.
É no extremo da zona leste, em Cidade Tiradentes, que está sendo construído o único hospital da gestão Marta. A um custo de R$ 57 milhões, deve ser entregue no final de 2005. (FS)


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