|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Cena comum são filas para o atendimento
DA REPORTAGEM LOCAL
Curativos nos dois pés, a
desempregada Eliete Tavares, 40, se equilibrava para
dormir num banco de madeira do Hospital Municipal
Waldomiro de Paula, em
Itaquera, na terça-feira. "Para pegar médico aqui tem
que ser insistente", diz.
Eliete não está sozinha.
Moradores da zona leste, região onde Marta Suplicy
mais tem investido, dão a
pior avaliação para a saúde
oferecida pela prefeitura.
Na manhã em que Eliete
mais uma vez não conseguiu
atendimento, clínicos gerais
e psiquiatras haviam faltado
ao plantão. Quem quisesse
atendimento nessas áreas
era obrigado a procurar outro hospital. "É sempre assim. A gente vai de um para
outro e nunca tem médico",
diz Cícero Silva, 46, que há
três meses tenta marcar uma
consulta para descobrir porque a pele de suas mãos "estoura como bolha de água".
Outro problema é a falta
de remédios e equipamentos. O farmacêutico Pedro
Gardel, que trabalha numa
drogaria particular na frente
do Hospital Municipal Tide
Setúbal, em Ermelino Matarazzo, diz que vende quase
diariamente seringas e agulhas a pacientes do hospital.
"Como sempre falta no hospital, eles cruzam a rua,
compram aqui e voltam para receber a injeção", diz.
É no extremo da zona leste,
em Cidade Tiradentes, que
está sendo construído o único hospital da gestão Marta.
A um custo de R$ 57 milhões, deve ser entregue no
final de 2005.
(FS)
Texto Anterior: Secretário diz ter realizações para mostrar Próximo Texto: Tucanos vão atacar ação na saúde Índice
|