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Iniciativas contra a dengue e a Aids serão ressaltadas na campanha como avanços do PT na saúde municipal
Secretário diz ter realizações para mostrar
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário municipal da Saúde, Gonçalo Vecina, diz que a gestão Marta Suplicy tem diversas
realizações para divulgar. E que o
programa federal Farmácia Popular virá "para somar".
A estratégia petista será minimizar a crise no setor realçando
dados positivos nos poucos programas em que houve avanços
-casos do combate a Aids e a
dengue. Nas dez primeiras semanas deste ano, não foi registrado
nenhum caso de dengue originário da própria cidade de São Paulo
(contra 752 no ano passado).
A prefeitura divulgará que cresceu dez vezes a distribuição de
preservativos masculinos na gestão petista para conter a Aids.
Convém lembrar que o combate a
dengue e Aids está dentro de uma
política nacional de saúde, não é
exclusividade paulistana.
Ex-diretor da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária, Vecina,
50, admite que ainda há muito a
melhorar. Mas já vê avanços. "Em
2003, tínhamos R$ 36 milhões para comprar medicamentos. Neste
ano, já são R$ 72 milhões. Não é
suficiente, mas já melhorou."
Na sua opinião, parte do problema se deve à crise econômica pela
qual o Brasil passou no final dos
anos 90. Em 1998, diz, 52% dos
partos realizados no país eram feitos pela rede de saúde privada.
Em 2002, apenas 38%. "Muita
gente migrou para a rede pública.
Estamos nos adaptando para dar
conta do recado", afirma.
Petistas que cuidam da campanha de Marta mantém o discurso
de que é impossível dar um salto
qualitativo neste momento. Culpam a herança de Maluf e Pitta,
que, segundo eles, destruíram toda a estrutura de saúde da cidade.
Para provar sua tese, citam a redução do número de funcionários
na rede municipal (de 100 mil, no
final da gestão de Luiza Erundina,
para 45 mil) e a demora no atendimento das ambulâncias (88 minutos, em média, no final do governo Pitta, contra um tempo
ideal de 10 minutos).
Por ter trabalhado na gestão do
ex-ministro da Saúde José Serra
(PSDB) e ter sido chefe de gabinete da Secretaria Municipal da Saúde em 1993, no governo Paulo
Maluf (ex-PPB, que mudou o nome para PP), Vecina ainda provoca desconfiança em petistas.
(FS)
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