São Paulo, quinta-feira, 08 de abril de 2004

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Iniciativas contra a dengue e a Aids serão ressaltadas na campanha como avanços do PT na saúde municipal

Secretário diz ter realizações para mostrar

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário municipal da Saúde, Gonçalo Vecina, diz que a gestão Marta Suplicy tem diversas realizações para divulgar. E que o programa federal Farmácia Popular virá "para somar".
A estratégia petista será minimizar a crise no setor realçando dados positivos nos poucos programas em que houve avanços -casos do combate a Aids e a dengue. Nas dez primeiras semanas deste ano, não foi registrado nenhum caso de dengue originário da própria cidade de São Paulo (contra 752 no ano passado).
A prefeitura divulgará que cresceu dez vezes a distribuição de preservativos masculinos na gestão petista para conter a Aids. Convém lembrar que o combate a dengue e Aids está dentro de uma política nacional de saúde, não é exclusividade paulistana.
Ex-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Vecina, 50, admite que ainda há muito a melhorar. Mas já vê avanços. "Em 2003, tínhamos R$ 36 milhões para comprar medicamentos. Neste ano, já são R$ 72 milhões. Não é suficiente, mas já melhorou."
Na sua opinião, parte do problema se deve à crise econômica pela qual o Brasil passou no final dos anos 90. Em 1998, diz, 52% dos partos realizados no país eram feitos pela rede de saúde privada. Em 2002, apenas 38%. "Muita gente migrou para a rede pública. Estamos nos adaptando para dar conta do recado", afirma.
Petistas que cuidam da campanha de Marta mantém o discurso de que é impossível dar um salto qualitativo neste momento. Culpam a herança de Maluf e Pitta, que, segundo eles, destruíram toda a estrutura de saúde da cidade.
Para provar sua tese, citam a redução do número de funcionários na rede municipal (de 100 mil, no final da gestão de Luiza Erundina, para 45 mil) e a demora no atendimento das ambulâncias (88 minutos, em média, no final do governo Pitta, contra um tempo ideal de 10 minutos).
Por ter trabalhado na gestão do ex-ministro da Saúde José Serra (PSDB) e ter sido chefe de gabinete da Secretaria Municipal da Saúde em 1993, no governo Paulo Maluf (ex-PPB, que mudou o nome para PP), Vecina ainda provoca desconfiança em petistas. (FS)


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