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Texto cobra política federal contra acidentes
DA REPORTAGEM LOCAL
Um manifesto pela paz no trânsito lançado oficialmente ontem
cobra do governo federal uma série de mudanças para ajudar a reduzir as vítimas de trânsito, incluindo a liberação de recursos
congelados de prevenção de acidentes e a proibição da fabricação
de veículos que desenvolvam velocidades superiores à máxima
permitida no país -120 km/h.
O texto, assinado por mais de
cem entidades, lideradas pela
ANTP (Associação Nacional de
Transporte Público), pede também um comprometimento da
União para viabilizar uma mudança na legislação que confira
respaldo à utilização de bafômetros (hoje os motoristas podem se
recusar a fazer os testes) e um monitoramento das campanhas publicitárias que enalteçam a potência e a velocidade dos automóveis.
A intenção do manifesto, que
quer "mudanças radicais" no modo de vida baseado nos automóveis, é estimular a implantação de
um programa de redução de acidentes no governo, de forma que
pedestres e usuários de transporte
público sejam valorizados.
Conforme mostrou a Folha em
janeiro, Lula investiu em políticas
de educação no trânsito e prevenção de acidentes em 2003 somente 5,7% dos recursos que recebeu
do DPVAT (seguro obrigatório) e
30,9% da verba advinda dos motoristas multados. O congelamento foi decidido para garantir a meta de superávit primário (economia que demonstra capacidade
de pagar a dívida pública) acertada com a direção do FMI (Fundo
Monetário Internacional).
Em São Paulo, a prefeita Marta
Suplicy lançou ontem campanha
para redução de acidentes, que
contará com a fixação de faixas e
banners e a distribuição de 4.000
CDs com músicas sobre educação
no trânsito. A idéia é dar aulas nas
escolas municipais -embora a
CET (Companhia de Engenharia
de Tráfego) tenha apenas 12 funcionários para a função.
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