São Paulo, quinta-feira, 08 de abril de 2004

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Texto cobra política federal contra acidentes

DA REPORTAGEM LOCAL

Um manifesto pela paz no trânsito lançado oficialmente ontem cobra do governo federal uma série de mudanças para ajudar a reduzir as vítimas de trânsito, incluindo a liberação de recursos congelados de prevenção de acidentes e a proibição da fabricação de veículos que desenvolvam velocidades superiores à máxima permitida no país -120 km/h.
O texto, assinado por mais de cem entidades, lideradas pela ANTP (Associação Nacional de Transporte Público), pede também um comprometimento da União para viabilizar uma mudança na legislação que confira respaldo à utilização de bafômetros (hoje os motoristas podem se recusar a fazer os testes) e um monitoramento das campanhas publicitárias que enalteçam a potência e a velocidade dos automóveis.
A intenção do manifesto, que quer "mudanças radicais" no modo de vida baseado nos automóveis, é estimular a implantação de um programa de redução de acidentes no governo, de forma que pedestres e usuários de transporte público sejam valorizados.
Conforme mostrou a Folha em janeiro, Lula investiu em políticas de educação no trânsito e prevenção de acidentes em 2003 somente 5,7% dos recursos que recebeu do DPVAT (seguro obrigatório) e 30,9% da verba advinda dos motoristas multados. O congelamento foi decidido para garantir a meta de superávit primário (economia que demonstra capacidade de pagar a dívida pública) acertada com a direção do FMI (Fundo Monetário Internacional).
Em São Paulo, a prefeita Marta Suplicy lançou ontem campanha para redução de acidentes, que contará com a fixação de faixas e banners e a distribuição de 4.000 CDs com músicas sobre educação no trânsito. A idéia é dar aulas nas escolas municipais -embora a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) tenha apenas 12 funcionários para a função.


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