São Paulo, domingo, 08 de abril de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

passei por isso

Ela pedia para fazer a cirurgia desde os quatro anos

DA REPORTAGEM LOCAL

A Tainá nasceu com orelha de abano. Eu até colocava esparadrapo na orelha dela, para ver se arrumava. E a orelha era tão molinha que até dobrava. Mas a pediatra brigou comigo e disse que não era mais para colocar.
Na família tem outros casos, meu irmão, minha sobrinha, meu primo....
Depois, na rua, brincando, as crianças chamavam ela de "orelha de elefante", "Topo Gigio". Todo mundo xingava, faziam aquelas piadinhas maldosas. Na época da escola, chegava chorando. Ela reclamava, e pedia para fazer a cirurgia na orelha. Pediu desde os quatro anos. Mas eu não tinha condições financeiras. Até que eu consegui, e há dois anos ela fez a cirurgia.
Ela usou a faixa à noite por um ano, por vontade própria, porque o médico pediu só por três meses. Durante o dia, ela usou um mês.
Foi tudo normal, não deu problema nenhum. A orelha dela, em vista do que era, ficou 100%. Ela ficou muito feliz, nunca mais reclamou.
Tenho uma outra filha, a Emily, que vai fazer também, ela só não tem idade ainda -tem quatro anos. E ela fala: "mãe, eu vou fazer a cirurgia da orelha?". E eu falo: "vai...".


Texto Anterior: Perguntas
Próximo Texto: Iniciativa de fazer cirurgia de correção deve ser da criança, dizem especialistas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.