São Paulo, sexta, 8 de maio de 1998

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Presos libertam reféns em Marília

JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
em Presidente Prudente

Dois carcereiros foram mantidos como reféns por cerca de nove horas na rebelião de presos que terminou ontem à tarde na Casa de Detenção de Marília, no interior de São Paulo.
A rebelião foi um protesto contra a superlotação do local. A penitenciária de Marília (450 km a oeste de São Paulo), que tem capacidade para 500 vagas, estava ontem com 792 presidiários.
Os presos também exigiam a transferência de, pelo menos, 21 detentos para outro presídio.
A rebelião só terminou por volta das 16h, com a transferência de 23 presos para o presídio de Pirajuí (400 km a noroeste de São Paulo).
Os presos começaram a deixar as celas por volta das 7h15 de ontem. Fizeram dois reféns, os carcereiros Douglas Felipe Marinho e Alessandro Antonio Vieira, e, em seguida, subiram nos telhados dos pavilhões para protestar.
A polícia apreendeu 20 armas brancas com os detentos durante uma vistoria nas celas. Nenhum preso ou refém ficou ferido.
Segundo a polícia, os presidiários danificaram paredes e grades das celas, mas não comprometeram a segurança do presídio.



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