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Presos libertam
reféns em Marília
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
em Presidente Prudente
Dois carcereiros foram mantidos
como reféns por cerca de nove horas na rebelião de presos que terminou ontem à tarde na Casa de
Detenção de Marília, no interior
de São Paulo.
A rebelião foi um protesto contra a superlotação do local. A penitenciária de Marília (450 km a oeste de São Paulo), que tem capacidade para 500 vagas, estava ontem
com 792 presidiários.
Os presos também exigiam a
transferência de, pelo menos, 21
detentos para outro presídio.
A rebelião só terminou por volta
das 16h, com a transferência de 23
presos para o presídio de Pirajuí
(400 km a noroeste de São Paulo).
Os presos começaram a deixar as
celas por volta das 7h15 de ontem.
Fizeram dois reféns, os carcereiros
Douglas Felipe Marinho e Alessandro Antonio Vieira, e, em seguida, subiram nos telhados dos
pavilhões para protestar.
A polícia apreendeu 20 armas
brancas com os detentos durante
uma vistoria nas celas. Nenhum
preso ou refém ficou ferido.
Segundo a polícia, os presidiários danificaram paredes e grades
das celas, mas não comprometeram a segurança do presídio.
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