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São Paulo, domingo, 08 de junho de 2003

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EDUCAÇÃO

Defendida por especialistas, incorporação da pré-escola ao ensino fundamental enfrenta obstáculos como a falta de professores

Governo federal acelera escola de nove anos

Jarbas Oliveira/Folha Imagem
Em Fortaleza, alunos assistem 'teleaula', modelo disseminado em toda a rede pública do Ceará; professores dão até quatro disciplinas


DA REDAÇÃO

O Ministério da Educação quer acelerar a ampliação do ensino fundamental de oito para nove anos no Brasil -incorporando, assim, a pré-escola e antecipando a entrada do estudante no sistema dos sete anos de idade para os seis anos. Em troca, Estados e municípios vão receber mais verbas do Fundef, o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental.
A proposta, segundo o MEC, tem como objetivo melhorar a qualidade da educação e reduzir a diferença de oportunidades entre ricos e pobres, já que boa parte dos alunos de classe média tem acesso à pré-escola.
A iniciativa, elogiada por especialistas da área, já constava da Lei de Diretrizes e Bases da Educação aprovada em 1996, mas, para implantá-la, o governo Lula vai precisar superar obstáculos, como a falta de recursos e de professores -este último uma realidade conhecida principalmente no segundo ciclo do ensino fundamental e em todo o ensino médio.
Uma vez incluídos no ensino fundamental, os alunos de seis anos precisarão também ter um tratamento pedagógico diferenciado, como quer o MEC, para que não passem a receber simplesmente aulas do conteúdo que hoje é repassado aos de sete anos.
Além de ampliar o ensino fundamental, o ministério estuda aumentar em mais um ano o tempo do ensino médio, que passaria de três para quatro anos. Nesse nível de ensino, no entanto, a carência de professores é um obstáculo ainda mais difícil.


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