São Paulo, terça-feira, 08 de junho de 2004

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JUSTIÇA

Indonésia inicia julgamento de instrutor carioca

DA SUCURSAL DO RIO

O instrutor de vôo livre carioca Marco Archer Cardoso Moreira, 42, começa a ser julgado hoje na Indonésia acusado de tráfico de drogas, crime hediondo no país. Se condenado, sua pena deverá ser a morte por fuzilamento. Segundo a Embaixada da Indonésia em Brasília, o julgamento pode durar até duas semanas.
Moreira foi preso em 16 de agosto passado na ilha de Sumbawa, duas semanas após desembarcar na capital Jacarta. Ele estava foragido na casa de um amigo.
Ao desembarcar, após ser abordado por policiais, o esportista conseguiu fugir. A polícia encontrou 13,4 kg de cocaína na capa de seu equipamento de vôo livre.
Há duas semanas, Moreira disse ao juiz estar arrependido, embora consciente de seu crime, pediu desculpas à Justiça indonésia e solicitou que não fosse condenado à morte, sob o argumento de que é réu primário lá e no Brasil.
Ao juiz, Moreira afirmou que passava por dificuldade financeira depois que um acidente em 1997, em Bali, interrompeu sua carreira em competições. Ao cair de um parapente (tipo de pára-quedas), ele fraturou o fêmur direito, a bacia, o tornozelo esquerdo e rompeu o intestino.
Além da pena de morte, promotores pediram o pagamento de multa de US$ 33,3 mil. A Embaixada do Brasil em Jacarta afirma que as estatísticas indicam que há pouca possibilidade de o carioca não ser condenado à morte.
Desde 2000, quando passou a vigorar a nova lei antidrogas, em 24 processos por tráfico, 21 pessoas foram condenadas à morte e outras três à prisão perpétua, segundo a embaixada brasileira.


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