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SAÚDE
Presidente lança programa de venda de remédios em Salvador, gerida pelo PFL; ministério vê aumento de investimento
Lula nega privilégio partidário em farmácias
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Em sua primeira visita a Salvador desde que tomou posse, há
um ano e meio, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva disse ontem
que não utilizou critérios partidários para instalar as Farmácias
Populares do governo federal.
"Estamos inaugurando hoje
[ontem] quatro estabelecimentos.
Dois estão localizados em cidades
administradas pelo PFL [Salvador
e Rio de Janeiro]. Os outros dois
estão em municípios que têm administrações do PT [São Paulo e
Goiânia]", disse o presidente.
Das 17 unidades entregues ontem, prefeituras petistas levaram
11 (sendo dez para Marta Suplicy
em São Paulo). As próximas capitais estaduais contempladas devem ser Vitória, Recife e Fortaleza, além de Brasília.
No Hospital Santo Antônio,
mantido pelas Obras Assistenciais Irmã Dulce, o presidente Lula afirmou que o único critério para definir a escolha foi a "necessidade do povo" e "não o partido
daquele que governa a cidade".
O petista disse que a Bahia, governada pelo PFL, tem sido muito
bem tratada pelo governo federal,
sendo o Estado que mais tem famílias cadastradas no programa
Bolsa-Família -557.442. Para
Lula, o Farmácia Popular vai permitir que os medicamentos deixem de ser um artigo de luxo.
O coordenador de serviços farmacêuticos do Ministério da Saúde, Dirceu Barbano, destacou que
o governo vem aumentando os
recursos para a distribuição gratuita de remédios e que o Farmácia Popular não comprometerá
esse braço da assistência.
Em 2003 o governo federal investiu R$ 2,8 bilhões em remédios, o que inclui os R$ 173,9 milhões da assistência básica. Para
este ano, estão previstos R$ 3,5 bilhões para o setor.
Segundo Barbano, é um equívoco achar que investir o valor do
Farmácia Popular na assistência
gratuita resultaria em melhora
imediata da situação de saúde da
população. Para isso, disse Barbano, é necessário também melhorar a assistência médica, o que o
ministério tem feito por meio de
programas como o PSF (Programa de Saúde da Família).
Ele destacou que o Farmácia
Popular beneficiará principalmente famílias que hoje não conseguem completar os tratamentos
em razão do custo dos remédios.
Barbano afirmou que não há
risco de faltar remédios nas novas
unidades. "Compramos um estoque muito grande. Será suficiente
para pelo menos seis meses."
De acordo com o Ministério da
Saúde, a intenção é firmar entre
cem e 200 convênios com entidades filantrópicas e Santas Casas
para vender remédios subsidiados pelo governo federal.
Colaborou a Reportagem Local
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