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Hacker tenta extorsão a banco e é preso
Após burlar sistema de segurança, rapaz de 24 anos pediu R$ 900 mil para não desviar US$ 2 mi de instituição
Suspeito já havia sido indiciado em 2008 por tentar desviar um montante de R$ 2,2 milhões de um banco
DE SÃO PAULO
A Polícia de São Paulo
prendeu um hacker suspeito
de operar desvios bancários
milionários. João Sperandio
Neto, 24, foi detido na última
quinta em um banco de investimentos na av. Paulista,
sob acusação de extorsão.
Ele havia quebrado o sistema de segurança de uma instituição -cujo nome não foi
revelado pela polícia.
A prisão de Neto foi mantida em sigilo até domingo pela polícia para apurar se outras pessoas estavam envolvidas no golpe.
Segundo o Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), Neto pedia mais de R$ 900 mil
para não desviar US$ 2 milhões do banco.
Esse não é o primeiro desvio associado a Neto. Em
2008, ele foi indiciado por
tentar desviar R$ 2,2 milhões
de um banco para 28 contas.
No ano anterior, ficou preso
por alguns meses acusado de
furtar pela internet uma
agência no RS.
Os casos ainda não foram
concluídos pela Justiça.
De acordo com o delegado
Massilon Bernardes Filho, do
Deic, Neto admitiu a invasão
do sistema do banco.
O hacker afirmou que seu
objetivo era vender um produto que oferecesse mais segurança e até mesmo conseguir um emprego no banco.
A instituição procurou a
polícia após receber dois e-mails. O primeiro informava
a quebra. O segundo, assinado por outro nome, informava saber como evitar que autor do primeiro e-mail movesse US$ 2 milhões.
DADOS CONFIDENCIAIS
Nos e-mails mandados pelo suspeito ao banco estavam
relacionadas informações
sobre senhas de diretores e
extratos das movimentações
de correntistas.
Segundo a polícia, até o telefone celular fornecido pelo
hacker para contato foi comprado utilizando informações pessoais de um dos diretores do banco.
O banco, orientado pela
polícia, marcou o encontro
para a última quinta-feira,
quando o hacker foi preso em
flagrante.
Os policiais conheciam o
comerciante devido às outras
ações de invasão de redes
bancárias. Ele pode pegar pena de dez anos.
A Folha não conseguiu localizar ontem um advogado
que representasse Neto.
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