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Parente defende legalização da venda de droga
DA SUCURSAL DO RIO
Durante o velório de Tim Lopes, o advogado André Martins,
porta-voz da família do jornalista,
defendeu a descriminalização da
venda de drogas como forma de
diminuir a violência urbana.
Segundo Martins, o "grande desafio da família" de Lopes é conclamar o país a uma reflexão sobre o tráfico de armas.
"A arma só existe porque existe
um tráfico de drogas ilícito", disse. "Se você descriminalizar o tráfico de drogas, a arma vai proteger o quê? Enquanto houver o
mercado, vai ter quem venda. Enquanto for proibido, vai ter arma
para proteger [o comércio da droga] e para matar quem não tem
nada a ver com isso."
Presente ao velório, o prefeito
Cesar Maia (PFL) defendeu uma
maior "ostensividade" da polícia.
"Há a necessidade de ocupar a cidade, e há a possibilidade de duplicar o policiamento ostensivo."
A candidata da coligação Todos
pelo Rio (PFL, PSDB e PMDB),
Solange Amaral -única entre os
principais candidatos ao governo
do Estado a comparecer ao velório-, disse que faltam "comando, empenho e dedicação" à atual
política de segurança no Rio.
A superintendente-executiva da
Rede Globo, Marluce Dias da Silva, questionada sobre o que dissera à viúva de Lopes, Alessandra
Wagner, afirmou que, "para qualquer mulher, qualquer mãe, imaginar a possibilidade de perder
marido ou filho é uma coisa muito dura". "É um momento em que
não se tem muito o que dizer."
O diretor-executivo da ANJ (Associação Nacional de Jornais),
Fernando Martins, disse que a
violência que vitimou Lopes "é
uma grave ameaça à liberdade de
imprensa", mas que, com o apoio
da imprensa, "a sociedade vai
derrotar o crime organizado".
Também compareceram ao velório de Tim Lopes representantes
do Sindicato dos Jornalistas do
Rio, da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) e da ABI (Associação Brasileira de Imprensa).
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