São Paulo, segunda-feira, 08 de julho de 2002

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Parente defende legalização da venda de droga

DA SUCURSAL DO RIO

Durante o velório de Tim Lopes, o advogado André Martins, porta-voz da família do jornalista, defendeu a descriminalização da venda de drogas como forma de diminuir a violência urbana.
Segundo Martins, o "grande desafio da família" de Lopes é conclamar o país a uma reflexão sobre o tráfico de armas.
"A arma só existe porque existe um tráfico de drogas ilícito", disse. "Se você descriminalizar o tráfico de drogas, a arma vai proteger o quê? Enquanto houver o mercado, vai ter quem venda. Enquanto for proibido, vai ter arma para proteger [o comércio da droga] e para matar quem não tem nada a ver com isso."
Presente ao velório, o prefeito Cesar Maia (PFL) defendeu uma maior "ostensividade" da polícia. "Há a necessidade de ocupar a cidade, e há a possibilidade de duplicar o policiamento ostensivo."
A candidata da coligação Todos pelo Rio (PFL, PSDB e PMDB), Solange Amaral -única entre os principais candidatos ao governo do Estado a comparecer ao velório-, disse que faltam "comando, empenho e dedicação" à atual política de segurança no Rio.
A superintendente-executiva da Rede Globo, Marluce Dias da Silva, questionada sobre o que dissera à viúva de Lopes, Alessandra Wagner, afirmou que, "para qualquer mulher, qualquer mãe, imaginar a possibilidade de perder marido ou filho é uma coisa muito dura". "É um momento em que não se tem muito o que dizer."
O diretor-executivo da ANJ (Associação Nacional de Jornais), Fernando Martins, disse que a violência que vitimou Lopes "é uma grave ameaça à liberdade de imprensa", mas que, com o apoio da imprensa, "a sociedade vai derrotar o crime organizado".
Também compareceram ao velório de Tim Lopes representantes do Sindicato dos Jornalistas do Rio, da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) e da ABI (Associação Brasileira de Imprensa).


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