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Secretaria dos Direitos Humanos vai acompanhar a situação dos detentos
MARIA FERNANDA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO
O Ministério Público Federal
e a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República vão acompanhar
o tratamento dado aos presos
do Anexo de Detenção Provisória de Araraquara.
A Procuradoria Federal dos
Direitos do Cidadão designou a
procuradora Heloisa Helena
Machado, de Araraquara, para
cuidar do caso. Ela disse que vai
pedir ajuda aos grupos de trabalho do órgão para obrigar o
Estado a tomar providências.
"A situação não pode ser resolvida por um ofício. Depois
que eu tiver em mãos os relatos
dos presos, vou noticiar Brasília para decidir o que faremos."
O ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos,
Paulo de Tarso Vannuchi, disse
que é importante adotar uma
medida que ajude a reduzir o
clima de tensão no local. "Isso
coloca em risco a vida dos próprios presos e também a dos
agentes penitenciários."
Vannuchi ainda defendeu a
formação de uma força-tarefa
do Poder Judiciário para reexame dos processos de execução
penal dos presos de Araraquara, o que poderia contribuir para reduzir a superlotação.
O diretor do Departamento
Penitenciário Nacional, Maurício Khuene, também se colocou à disposição para ajudar a
solucionar o problema dos presos. O órgão é vinculado ao Ministério da Justiça. A oferta
partiu do ministro, Márcio
Thomaz Bastos. Ontem, no Palácio dos Bandeirantes, Bastos
reiterou a disponibilidade de
cooperar com o Estado.
Órgãos estaduais
O procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Rodrigo Pinho, encaminhou ontem um ofício ao governador,
conforme informou a assessoria de imprensa, exigindo explicações e soluções para o problema. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo
também está no caso.
A Defensoria Pública do Estado de São Paulo solicitou à
Corregedoria da Vara das Execuções e dos Presídios de Araraquara a transferência imediata do presos que estão
"amontoados" no presídio da
cidade.
"É melhor que sigam para
presídios lotados do que continuem nessa barbárie", afirmou
o defensor público coordenador da Assistência Judiciária ao
Preso, Geraldo Carvalho.
O juiz-corregedor, José Roberto Barbosa de Almeida, ainda não respondeu ao pedido da
Defensoria.
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