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Cristo é eleito uma das sete novas maravilhas do mundo
Resultado saiu à noite em Lisboa; números da votação não foram divulgados
Técnico Luiz Felipe Scolari recebeu o prêmio pelo Brasil; vitória da estátua pode injetar US$ 271 milhões na economia do Rio
ITALO NOGUEIRA
DA SUCURSAL DO RIO
O Cristo Redentor, estátua
no Rio de Janeiro, foi eleito
uma das sete novas maravilhas
do mundo. O resultado foi divulgado ontem no estádio da
Luz, em Lisboa, Portugal.
A eleição, promovida pelo
produtor de cinema e aviador
suíço Bernard Weber, apontou
como as novas maravilhas a
Grande Muralha da China, as
ruínas de Petra (Jordânia), Machu Picchu (Peru), Chichén Itzá (México), Coliseu (Itália) e
Taj Mahal (Índia).
As pirâmides de Gizé, no Egito, única maravilha ainda existente do antigo grupo, eram
hors-concours.
O ex-técnico da seleção brasileira Luiz Felipe Scolari, atual
treinador de Portugal, recebeu
o prêmio pelo Cristo.
Não foi divulgado o número
de votos para cada uma das
concorrentes. Segundo a organização, foram 90 milhões de
votos pela internet, por telefone e por mensagem de texto.
Segundo estudos feitos pela
equipe de Aroldo Araújo, principal coordenador da campanha, a vitória do Cristo pode injetar US$ 271 milhões na economia do Rio e criar 250 mil
empregos. As sete maravilhas
eleitas receberão recursos da
fundação organizadora do concurso para sua manutenção.
"A escolha do Cristo potencializa a imagem internacional
do Rio e seu maior ativo: a natureza. Com isso, reforça-se sua
vocação de cidade global e de
capital internacional do Brasil", disse, por e-mail o prefeito
do Rio, Cesar Maia (DEM).
"É uma vitória que eleva ainda mais o Rio de Janeiro como
um dos destinos mais desejados e admirados do mundo",
afirmou o governador do Rio de
Janeiro, Sérgio Cabral Filho
(PMDB), através de sua assessoria de imprensa.
Para o arquiteto Lauro Cavalcanti, da Uerj (Universidade
Estadual do Rio de Janeiro), a
natureza pode ter sido um dos
trunfos para a vitória. "No Cristo, a relação entre escultura e
paisagem é das mais felizes."
Ceticismo
Apesar de comemorar a eleição da estátua carioca, o historiador Milton Teixeira vê com
ceticismo o peso histórico da
eleição. "É uma grande jogada
de marketing. Para isso funciona bastante", disse. "Daqui a
alguns anos todo mundo vai
esquecer."
A campanha para a eleição da
estátua mobilizou políticos e
artistas apenas na reta final, a
cerca de dois meses do fim do
concurso -os 21 finalistas foram escolhidos em janeiro de
2006. Há um mês, a projeção era de que a campanha
custaria R$ 5 milhões.
Operadoras de telefonia celular deixaram de cobrar, há
um mês, tarifas de quem enviasse mensagens para votar na
estátua brasileira.
As antigas sete maravilhas
eram Estátua de Zeus (Grécia),
Templo de Artemis (Turquia),
Jardins Suspensos da Babilônia (Iraque), Mausoléu de Halicarnasso (Turquia), Farol de
Alexandria (Egito), Colosso de
Rodes (Grécia) e as Pirâmides
de Gizé (Egito).
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