|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Câmara aumenta multa para entulho
Depósito de resíduo em ruas, passeios e áreas públicas terá multa de até R$ 12 mil; projeto vai à sanção de Kassab
Projeto vale também para quem deixar veículos abandonados nas ruas por mais de cinco dias consecutivos
DE SÃO PAULO
A multa para quem depositar entulho, terra e resíduos
em ruas, passeios, canteiros,
jardins e áreas públicas como praças pode ir de R$ 500
para R$ 12 mil se o prefeito
Gilberto Kassab (DEM) sancionar projeto de lei aprovado ontem pela Câmara.
O aumento no valor da punição -de 2.300%- foi proposto por Domingos Dissei
(DEM), da base de Kassab. O
projeto foi aprovado em segunda votação. Apenas a
bancada do PT foi contra.
A multa vale também para
quem deixa veículos abandonados nas ruas por mais
de cinco dias consecutivos
ou materiais de construção
em vias públicas por mais de
dois dias seguidos.
O mesmo projeto aprovado ontem também aumenta o
rigor para as empresas permissionárias de serviço público, como Sabesp, Eletropaulo, Comgás e Telefônica.
A multa para o morador
que instalar equipamentos
sem alvará prévio em locais
públicos passou de R$ 150
para R$ 10 mil.
Foi criada, ainda, uma
multa de R$ 2.000 por metro
quadrado de área pública
(como calçadas e pavimento
asfáltico de vias) "danificada, não recomposta ou recomposta de forma inadequada" pela permissionária.
De acordo com Dissei, o
objetivo é coibir o depósito irregular de entulho em locais
públicos.
"A prefeitura gasta, em
média, R$ 2 milhões por mês
para recolher entulho irregular. Mesmo que ela limpe,
promova mutirões e construa
ecopontos, tem gente que insiste em sujar as ruas."
A lei aprovada altera o valor das multas que havia fixado na gestão da ex-prefeita
Marta Suplicy (PT), em 2002.
LDO
A Câmara também aprovou ontem, em segunda votação, a proposta de Kassab
para a LDO (Lei de Diretrizes
Orçamentárias) para 2011,
com 12 emendas, sendo oito
delas feitas pelo relator Milton Leite (DEM). O prefeito
pode vetar as emendas.
A LDO -que serve de base
para a elaboração do Orçamento 2011- prevê receitas
totais de R$ 30,509 bilhões,
ou 7,4% acima do previsto
para este ano.
A expectativa de crescimento é bem mais otimista
que a feita para 2010, que foi
de 3,2% em relação a 2009.
A fixação final das receitas
para o próximo ano depende
da proposta de Orçamento
que Kassab deve enviar à Câmara até o final de setembro
e que será votada pelos vereadores até o fim do ano.
Ontem, na última sessão
antes do recesso de julho, o
objetivo era votar todos os
projetos dos vereadores sobre os quais havia consenso.
Inicialmente, a pauta tinha mais de 60 projetos, mas
pelo menos dois terços deles
nem sequer foram à votação
porque não houve acordo entre todos os partidos para que
eles fossem contemplados.
(JOSÉ BENEDITO DA SILVA)
Texto Anterior: FOLHA.com Próximo Texto: Senado aprova nova legislação para o lixo Índice
|