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DEKASSEGUI
Jornal lança apelo para a comunidade
Japoneses vão
ajudar casal
no México
FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos
A comunidade japonesa no Brasil começou ontem a organizar
ações de apoio ao casal de nisseis
Marcelo Nakasako, 25, e Tiemi
Kurita, 23. Há 11 dias, ela está em
coma em um hospital na Cidade
do México. A mãe de Nakasako,
Neusa Coracini, 49, que mora em
Santos (SP), ganhou duas passagens aéreas para ir ao México ao
encontro do filho.
O jornal "São Paulo Shimbum"
iria lançar na sua edição de hoje
um apelo em japonês e português
para que a comunidade ajude o casal. Em uma agência do banco
América do Sul, em Santos, foi
aberta uma conta-corrente para
receber doações.
Tiemi Kurita está em coma desde
o último dia 28 na UTI (Unidade
de Terapia Intensiva) do hospital
ABC, na Cidade do México.
A diária da UTI custa US$ 2.000.
A conta do hospital já supera os
US$ 20 mil e não há previsão de
quando Kurita deixará a UTI.
Ela passou mal e perdeu a consciência durante um vôo da Korean
Airlines que trazia o casal para São
Paulo. Depois de uma escala em
Los Angeles (EUA), o avião fez um
desvio de rota e um pouso de
emergência na Cidade do México
em razão do risco de vida que corria a passageira.
Neusa Coracini poderá embarcar na segunda-feira para o México em um avião da companhia Aeroperu, que ofereceu duas passagens de ida e volta.
"A comunidade japonesa faz
parte da nossa empresa há muitos
anos e isso é o mínimo que a gente
pode fazer", disse Paula Coatti, assistente de marketing do consórcio Asas de América, que reúne as
companhias Aeroperu, Aeroméxico e Mexicana.
Neusa Coracini tentava ontem
apressar a emissão de um passaporte na Polícia Federal, em Santos (SP), a fim de que possa viajar
na segunda-feira, no vôo das 7 horas. Do contrário, só poderá embarcar na próxima sexta-feira.
Nakasako e a mulher trabalham
no Japão e estavam retornando ao
Brasil para que ela fizesse um tratamento de saúde.
Koji Sakaguchi, diretor do "São
Paulo Shimbum" (circulação diária de 40 mil exemplares, distribuídos no Brasil e no Japão), disse que
o jornal pretende divulgar o caso
para a comunidade japonesa de
todo o país.
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