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Monitoramento não é ilegal, diz especialista
DA FOLHA CAMPINAS
O monitoramento de pessoas
por meio de guaritas, câmeras de
vídeo e cercas não são inconstitucionais, segundo Octávio Miranda Junqueira, membro do Centro
de Estudos Monsenhor Salim da
Faculdade de Direito da PUC de
Campinas.
O que não é permitido, segundo
a Constituição Federal, é o constrangimento ou a proibição da ida
e vinda do cidadão.
No caso das cercas, se ela passar
em áreas estaduais, federais ou
particulares, será necessária uma
permissão formal.
O uso de dispositivos de segurança é legal, mas tem particularidades a serem seguidas.
Segundo Junqueira, nas guaritas, apenas os policiais militares
podem abordar as pessoas e solicitar a identificação. "Se tiver
Guarda Municipal na cidade, eles
não podem executar este trabalho", disse ele.
Quanto às câmeras de vídeo,
elas podem monitorar as pessoas.
O que não é permitido é o uso da
imagem para outro fim.
"É como as câmeras de trânsito,
que não podem fotografar o infrator dentro do carro. A pessoa só
pode receber a foto da placa do
veículo", afirmou o advogado.
Apoio
Os moradores de Iracemápolis
apóiam a idéia de cercar a cidade
com alambrado.
Para a ajudante de mecânica
Aurineide Maria dos Santos, a
medida vai deixar os moradores
mais seguros. Ela disse nunca ter
sido assaltada.
A dona-de-casa Sueli Guimarães mora na cidade há 30 anos e
disse que tinha medo de ser assaltada. A casa dela fica próxima à
SP-151, trecho que já foi cercado.
Sueli é vizinha do aposentado
José da Silva. Ele foi assaltado no
mês passado em frente à sua casa.
Depois do assalto, Silva mandou
colocar uma cerca elétrica em volta de sua casa.
O candidato a prefeito pela oposição, João Renato Alves Pereira
(PT), disse ser contrário ao fechamento da cidade, mas apóia a colocação de alambrados no limite
da SP-151.
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