São Paulo, sexta, 8 de agosto de 1997.



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PAS reduz salários

da FT e da Reportagem Local

O PAS (Plano de Atendimento à Saúde) começou a reduzir a remuneração dos funcionários para poder pagar as dívidas, agravadas por atrasos no repasse da Prefeitura de São Paulo.
Os funcionários são cooperados e não recebem salários, mas "adiantamento de sobras". O secretário municipal da Saúde, Masato Yokota, já disse que, de acordo com a lei de cooperativas, no final do ano são apuradas as sobras e, se o valor pago aos funcionários tiver sido maior, as cooperativas vão deduzir dos "adiantamentos" futuros.
Vários funcionários do módulo 5 que não quiseram se identificar disseram à reportagem que tiveram os salários reduzidos cerca de 20%. Os auxiliares técnicos administrativos passaram de R$ 650 para R$ 511.
Quando o PAS foi implantado, a Secretaria da Saúde anunciou que os salários seriam os mesmos em todos os módulos e chegou a divulgar uma tabela com os valores, o que não foi cumprido. Até o recente corte, o módulo 5 pagava R$ 650 aos ATAs. No módulo 1, eles ganham R$ 800.
O coordenador de comunicação do PAS, Orlando Magnoli, disse que o diretor do módulo 5, Juracy Batista, nega que tenham ocorrido as reduções salariais. "Pode ter havido redução de jornada."
Federação
A pressão das cooperativas do PAS sobre a prefeitura foi oficializada ontem, com a criação da Federação das Cooperativas, que integra 12 das 14 unidades existentes.
Embora tenha sido registrada ontem, a federação já atuava antes. Nesta semana, a atuação informal da entidade conseguiu a liberação de R$ 69 milhões da prefeitura.



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