da Sucursal de Brasília

A pesquisa mostra uma baixa incidência de casos de Aids entre ocupações profissionais que têm sido objeto de campanha de prevenção à doença por parte do Ministério da Saúde nos últimos anos.
É o caso dos garimpeiros, que aparecem com índice de 4,99 infectados por grupo de 100 mil. As áreas de garimpo são motivo de preocupação por concentrarem um grande número de trabalhadores em locais de difícil acesso e presença forte da prostituição.
Segundo a Coordenação Nacional de Aids e Doenças Sexualmente Transmissíveis, essa baixa incidência pode estar relacionada ao fato de que, ao notificarem a doença, muitos garimpeiros relacionam como profissão a ocupação que eles tinham anteriormente, como técnico em contabilidade, por exemplo.
A subnotificação de casos da doença não foi considerada na pesquisa feita por Conceição Cassano Torres. O texto do trabalho diz que pode estar subestimada na pesquisa a magnitude dos coeficientes de incidência, de forma diferencial por ocupação.
"Deve-se encarar os referidos coeficientes, apesar das restrições, como substanciais indicativos da incidência da Aids por grupos ocupacionais", diz o texto.
O país possui cerca de 129 mil casos notificados de Aids, segundo o último boletim divulgado pelo MS. A estimativa é que o número de portadores do vírus HIV no Brasil seja de cerca de 300 mil.



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