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Saúde terá
reajuste de
modo indireto
da Sucursal de Brasília
O Ministério da Saúde informou
que o reajuste reivindicado pelos
Estados no gasto federal com assistência ambulatorial e hospitalar
está sendo concedido de forma indireta.
Uma dessas formas foi anunciada nesta semana, com a criação da
Câmara Nacional de Compensação de Procedimentos Hospitalares de Alta Complexidade.
O aumento no valor do teto pago
pelo governo federal para os Estados realizarem atendimentos é
uma reivindicação antiga dos secretários da Saúde. Eles pediam
um reajuste linear de 40% nos preços da tabela do SUS em que constam os procedimentos remunerados pelo sistema federal.
Em 96, na gestão de Adib Jatene
no Ministério da Saúde, foi concedido um abono de 25% na tabela,
que, mais tarde, foi incorporado.
Faltavam ainda 15% para chegar
ao valor do reajuste pedido pelos
Estados. Segundo Barjas Negri, secretário-executivo do ministério,
esses 15% representam cerca de
R$ 1 bilhão em um ano. "Depois
do abono, nós pagamos os atrasados. O ministro Serra incorporou
o abono, absorveu R$ 323 milhões, que correspondem a um
terço do R$ 1 bilhão. Depois, ainda
entraram mais R$ 211 milhões para gestante hospitalar de alto risco
e mais dinheiro para emergências.
Distorções estão sendo corrigidas", afirmou Negri.
Entre essas distorções, estava o
fato de que os Estados mais ricos
recebem mais dinheiro do SUS,
justamente porque tem melhores
equipamentos e realizam atendimentos mais complexos, como cirurgias cardíacas e transplantes e
exames sofisticados.
A reclamação básica desses Estados é que eles atendiam, além de
sua população, pacientes enviados
pelas regiões mais pobres do país,
que não tinham como realizar esse
tipo de assistência.
Os Estados recebem do SUS (Sistema Único de Saúde) com base
na apresentação da fatura do serviço prestado, mas têm um teto fixado para esses gastos. O dinheiro
usado para assistir pessoas enviadas por outras localidades acabava
onerando o teto da tabela do sistema que o realizava.
Com a câmara, o Estado que dispõe de melhores recursos em medicina para realizar um atendimento de alta complexidade vai
receber dinheiro extra diretamente do governo federal toda vez que
atender um paciente enviado de
outra localidade. Para 98, a câmara conta com R$ 20 milhões.
(BB)
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