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Emissário deve retirar 40%
do esgoto lançado no rio Tietê
FABIO SCHIVARTCHE
da Reportagem Local
Os paulistanos vão ter motivos
para comemorar o dia do rio Tietê, em 22 de setembro. É que o governo estadual marcou para essa
data o início do funcionamento do
emissário do rio Pinheiros, que vai
retirar cerca de 40% do esgoto doméstico e industrial que hoje é
lançado nesses dois rios.
O emissário, que custou R$ 78,3
milhões, é parte do Projeto Tietê,
programa iniciado em 1992 mas
que só agora, depois de seis anos
de denúncias de desvios de recursos e obras paradas, começa a trazer resultados.
A obra vai permitir que o esgoto
que chega ao rio Pinheiros (e depois iria se dispersar no Tietê) seja
levado, por meio de um túnel de
7,5 km de comprimento, para a
estação de tratamento de Barueri
-que também está sendo reformada e ampliada.
Além do emissário, especialistas
contratados pelo governo estão
testando um outro processo de
limpeza do rio: a flotação, técnica
na qual se adiciona produtos químicos à água para que os poluentes se aglutinem, subam à superfície e possam ser recolhidos com
mais facilidade.
A flotação foi testada inicialmente no laboratório da Universidade Federal de São Carlos e nos
canais da praia da Enseada, no
Guarujá. Agora, estão sendo realizados testes no rio Pinheiros (perto do Cebolão) e nos lagos dos
parques da Aclimação e do Ibirapuera.
"Nunca se tentou a flotação em
um rio tão grande como o Pinheiros, mas os testes indicam que a
chance de reduzir a poluição é
grande", diz o secretário estadual
dos Recursos Hídricos, Saneamento e Obras, Hugo Marques da
Rosa, que vistoriou a estação piloto do Cebolão. "O cheiro ruim do
rio deve diminuir com a flotação
(prevista para o ano 2000)."
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