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Incêndio em fazenda ameaça
reserva de castanheiras no Pará
LUÍS INDRIUNAS
da Agência Folha, em Belém
Um incêndio, que já atingiu cerca de 6.000 hectares da fazenda
Bamerindus no sul do Pará, ameaça chegar à reserva florestal de castanheiras de 28 mil hectares que
faz parte da propriedade.
A área queimada representa cerca de 10% dos 58 mil hectares da
fazenda. A reserva é a maior floresta de castanheiras do Pará.
Sete técnicos do Ibama e sete
agentes da Polícia Federal estão no
local tentando evitar o alastramento do fogo. Dois tratores estão
sendo usados para a construção de
trincheiras nos limites da reserva.
Outra maneira de combater o incêndio que está sendo utilizada é
"o fogo contra fogo". Os técnicos
estão provocando queimadas que
vão de encontro aos focos do incêndio, matando a vegetação e
acabando com a possibilidade de
alastramento.
De acordo com o superintendente do Incra em Marabá (PA),
Vitor Hugo da Paixão Melo, há
fortes indícios de que as queimadas estão sendo provocadas por
madeireiros e invasores.
"Em algumas áreas da floresta
de castanheiras foram cortadas as
vegetações mais baixas o que indica a intenção de derrubadas", disse Melo. Apenas o calor do fogo já
pode matar as árvores.
Os primeiros focos de incêndio
foram detectados há cerca de 12
dias pelo Ibama, mas apenas agora
eles chegaram perto da reserva.
Um levantamento parcial do
centro técnico do Ibama em Brasília detectou anteontem 101 focos
de calor apenas no Pará.
Nos seis primeiros dias de agosto o Ibama registrou 678 focos de
calor. Durante todo o mês de julho, foram 643 focos.
Ontem as autoridades locais pediram ajuda dos seus órgãos em
Brasília. O Exército, o Incra, a Polícia Federal e o Ibama marcaram
uma reunião para tentar avaliar a
situação e programar novas ações.
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