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ADMINISTRAÇÃO
Entidades privadas, como estabelecimento na zona sul, lucram em prejuízo dos cofres de SP
Posto cobra aluguel de área pública
DA REPORTAGEM LOCAL
Ter a cessão ou simplesmente
invadir uma área pública pode se
transformar em um bom negócio.
Sem pagar nada ou apenas um valor irrisório, entidades privadas
aumentam seus lucros em prejuízo dos cofres municipais.
Foi isso que descobriu a CPI das
Áreas Públicas da Câmara Municipal de São Paulo. Um exemplo é
o posto Bola Pesada, que tem a
permissão de posse de duas áreas
em Indianópolis (zona sul).
Referente ao aluguel, o posto de
gasolina paga à administração
municipal R$ 173,09 por uma área
de 38,50 metros quadrados e mais
R$ 716 por outra de 112,25 metros
quadrados.
Mas existe uma outra relação
comercial ainda mais prejudicial
ao município, segundo o presidente da CPI, vereador Arselino
Tatto (PT). O posto cobra de aluguel cerca de R$ 7.000 de cada
uma das cinco lojas localizadas no
terreno. "A empresa lucra em cima do município", afirmou Tatto.
Estacionamentos pagos em cima de área pública não surpreendem mais os vereadores da CPI
das Áreas Públicas. É o caso da
área de 35.823 metros quadrados,
no Tatuapé (zona leste de São
Paulo), cedido ao Sport Club Corinthians, que abria um estacionamento terceirizado.
Até mesmo os proprietários de
um motel foram ouvidos pela
CPI. De acordo com Tatto, o motel Álibi, no Tatuapé, ergueu muros e transformou um trecho da
rua Condessa Elizabeth Rubiano
em entrada para os clientes de seu
estabelecimento.
"Disseram que só invadiram
porque estavam dispostos a cuidar da rua. Dá para acreditar?",
questionou Tatto.
Em depoimento na CPI, os representantes do posto de gasolina
reconheceram que o aluguel está
muito baixo e afirmaram que estão dispostos a negociar um novo
valor. Os representantes do motel
informaram, também à CPI, que
o trecho da rua estava abandonado pelo prefeitura, servindo de
ponto de encontro de bandidos, e
que estão dispostos a comprar a
área.
(GILMAR PENTEADO)
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