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São Paulo, segunda-feira, 08 de setembro de 2003

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Entrada da polícia foi "liberada" em 96

DA REPORTAGEM LOCAL

A entrada da Polícia Militar no campus da USP era praticamente um tabu até 1996, em razão dos princípios da autonomia universitária. A polícia entrava na Cidade Universitária somente quando convocada pela reitoria.
A presença de policiais militares na área se tornou frequente por conta da intenção de combater a criminalidade. Ela foi oficializada em 21 de novembro de 1996, depois de um protesto contra a morte de Daniel Pereira de Araújo, 15, encontrado na raia olímpica da USP. Na manifestação, realizada por moradores da favela São Remo, duas cabines da guarda universitária foram incendiadas e prédios e ônibus, depredados.
Na época, entidades de professores, alunos e funcionários da universidade se manifestavam contra a presença da PM no campus. Falavam em "militarização da USP", "repressão excessiva".
De lá para cá os policiais militares passaram a fazer rondas diárias na Cidade Universitária, em parceria com a guarda do campus, mas não costumavam a aplicar multas de trânsito.
A autorização para essa fiscalização foi reforçada neste ano, depois que a PM renovou um convênio com a Prefeitura de São Paulo, que estava interrompido há mais de um ano, permitindo que os policiais voltassem a aplicar até mesmo as chamadas multas municipais.
A USP também começou a usar 22 câmeras móveis para coibir roubos e controlar os motoristas.


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