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Entrada da polícia foi "liberada" em 96
DA REPORTAGEM LOCAL
A entrada da Polícia Militar no
campus da USP era praticamente
um tabu até 1996, em razão dos
princípios da autonomia universitária. A polícia entrava na Cidade Universitária somente quando
convocada pela reitoria.
A presença de policiais militares
na área se tornou frequente por
conta da intenção de combater a
criminalidade. Ela foi oficializada
em 21 de novembro de 1996, depois de um protesto contra a morte de Daniel Pereira de Araújo, 15,
encontrado na raia olímpica da
USP. Na manifestação, realizada
por moradores da favela São Remo, duas cabines da guarda universitária foram incendiadas e
prédios e ônibus, depredados.
Na época, entidades de professores, alunos e funcionários da
universidade se manifestavam
contra a presença da PM no campus. Falavam em "militarização
da USP", "repressão excessiva".
De lá para cá os policiais militares passaram a fazer rondas diárias na Cidade Universitária, em
parceria com a guarda do campus, mas não costumavam a aplicar multas de trânsito.
A autorização para essa fiscalização foi reforçada neste ano, depois que a PM renovou um convênio com a Prefeitura de São
Paulo, que estava interrompido
há mais de um ano, permitindo
que os policiais voltassem a aplicar até mesmo as chamadas multas municipais.
A USP também começou a usar
22 câmeras móveis para coibir
roubos e controlar os motoristas.
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