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PMDB expulsa o candidato a deputado suspeito de ser ligado à facção criminosa
DA REPORTAGEM LOCAL
Procurado pela Polícia Federal sob a suspeita de ter ligação
com criminosos da facção PCC
(Primeiro Comando da Capital) que furtaram R$ 164,8 milhões do Banco Central em
Fortaleza (CE), em agosto de
2005, o advogado Eliseu Minichillo de Araújo, 50, foi expulso
anteontem do PMDB, partido
pelo qual disputava uma vaga a
deputado estadual em São Paulo.
Em decisão unânime, a comissão executiva da legenda
pediu ao TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) o
cancelamento da candidatura
dele à Assembléia Legislativa
paulista.
A ordem para que o advogado
seja preso preventivamente foi
expedida pelo juiz federal Danilo Fontenelle Sampaio, da 11ª
Vara Criminal do Ceará, onde
tramita o processo sobre o furto ao BC.
Uma das maiores suspeitas
da Polícia Federal é a de que
Araújo tenha utilizado dinheiro furtado para financiar sua
campanha política. Ao candidatar-se, ele informou ao TRE
que pretendia gastar R$ 1 milhão na disputa por uma vaga
na Assembléia.
A Acrimesp (Associação dos
Advogados Criminalistas do
Estado de São Paulo) abriu procedimento administrativo para
apurar se procede a versão de
que Araújo se envolveu com o
furto do BC. A associação tem
15 conselheiros, e o advogado é
um dos cinco suplentes.
Mesmo havendo dúvida de
sua participação no episódio,
Araújo será afastado do conselho da entidade até a conclusão
da investigação policial.
Existe a possibilidade de que
Araújo seja desligado ou expulso do quadro de associados.
Procurada pela reportagem, a
advogada Vitória Nogueira,
presidente da Acrimesp, não
quis se manifestar.
(ANDRÉ CARAMANTE E KLEBER TOMAZ)
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