São Paulo, sexta-feira, 08 de setembro de 2006

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PMDB expulsa o candidato a deputado suspeito de ser ligado à facção criminosa

DA REPORTAGEM LOCAL

Procurado pela Polícia Federal sob a suspeita de ter ligação com criminosos da facção PCC (Primeiro Comando da Capital) que furtaram R$ 164,8 milhões do Banco Central em Fortaleza (CE), em agosto de 2005, o advogado Eliseu Minichillo de Araújo, 50, foi expulso anteontem do PMDB, partido pelo qual disputava uma vaga a deputado estadual em São Paulo.
Em decisão unânime, a comissão executiva da legenda pediu ao TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) o cancelamento da candidatura dele à Assembléia Legislativa paulista.
A ordem para que o advogado seja preso preventivamente foi expedida pelo juiz federal Danilo Fontenelle Sampaio, da 11ª Vara Criminal do Ceará, onde tramita o processo sobre o furto ao BC.
Uma das maiores suspeitas da Polícia Federal é a de que Araújo tenha utilizado dinheiro furtado para financiar sua campanha política. Ao candidatar-se, ele informou ao TRE que pretendia gastar R$ 1 milhão na disputa por uma vaga na Assembléia.
A Acrimesp (Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo) abriu procedimento administrativo para apurar se procede a versão de que Araújo se envolveu com o furto do BC. A associação tem 15 conselheiros, e o advogado é um dos cinco suplentes.
Mesmo havendo dúvida de sua participação no episódio, Araújo será afastado do conselho da entidade até a conclusão da investigação policial.
Existe a possibilidade de que Araújo seja desligado ou expulso do quadro de associados. Procurada pela reportagem, a advogada Vitória Nogueira, presidente da Acrimesp, não quis se manifestar.
(ANDRÉ CARAMANTE E KLEBER TOMAZ)


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