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Dono diz que não participou de reformas
da Reportagem Local
Os donos do prédio onde funcionava o templo da Universal em
Osasco dizem não ter tido acesso
nem participado dos estudos técnicos para as reformas no teto, feitas pela igreja.
Antes, funcionava ali um cinema. O prédio foi alugado há seis
anos para a Universal, que, segundo os proprietários, colocou uma
forração anti-ruído no teto e mexeu no sistema de iluminação.
A informação é do advogado Alfredo Saulo Kroger, que representa o dono do prédio, Gustavo Arthur Tognato, e o filho dele, o engenheiro Roberto Tognato.
O filho assinou no ano passado
um laudo atestando que a estrutura do salão ocupado pela igreja estava "em boas condições."
Segundo Kroger, o dono do prédio e seu filho sabem apenas que a
Igreja Universal fez reformas no
revestimento interno do teto e
modificações na parte elétrica.
O advogado evitou atribuir responsabilidades sobre a queda do
teto à Universal. Mas sustentou
que os donos do prédio são isentos
de culpa caso a perícia comprove
que o acidente foi provocado por
reformas que possam ter interferido na estrutura do telhado.
"Ainda é muito cedo para fazer
uma avaliação. Mas, se houve algum tipo de sobrecarga no teto
por causa de uma modificação interna, a responsabilidade é do locatário", disse Kroger.
Segundo o advogado, os donos
do prédio somente podem ser
acionados caso a perícia detecte
falhas estruturais no prédio.
Isso porque a avaliação feita pelo
filho do dono do prédio levou em
conta a situação das paredes, teto
e conservação da madeira que
compunham as vigas do telhado.
O laudo foi elaborado por Tognato no ano passado e faria parte
das exigências da vistoria feita pelo Corpo de Bombeiros.
"Não acreditamos que o problema tenha sido causado por problemas estruturais. O engenheiro
está tranquilo quanto ao laudo
que ele assinou", afirmou Kroger.
O advogado disse que todas as
modificações internas feitas no salão nos últimos quatro anos foram
autorizadas por engenheiros ligados à Universal. Para obter autorização para funcionar, os locatários seriam obrigados a chamar a
prefeitura para nova vistoria.
Kroger descarta a possibilidade
de que uma infiltração possa ter
estragado as vigas de madeira do
teto. Segundo o advogado, a igreja
paga um aluguel de R$ 12 mil pelo
salão.
(GONZALO NAVARRETE)
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