São Paulo, domingo, 08 de outubro de 2006

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Vítima escapou de acidente aos 6 meses de vida

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma das vítimas da tragédia com o avião da Gol, a empresária Helen Garcia já havia sofrido um acidente aéreo aos seis meses de idade.
Sócia-proprietária do Diamond Convention Center, um centro de convenções de alto padrão em Manaus que comporta até oito eventos ao mesmo tempo, Helen morreu na companhia do filho, Pedro Henrique, 3, e do marido, o procurador do Incra Mário Braule Pinto da Silva.
Na missa ocorrida em homenagem a eles, realizada em Manaus, uma mensagem escrita pela mãe da empresária, Waldenice, lembrava a triste coincidência.
"Setembro, mês da primavera, das flores. Para nossa família: TRAGÉDIA... Há exatamente 34 anos, quando nossa menina tinha apenas seis meses de vida, no dia 25, passamos pela mesma angústia quando um avião de instrução do Aeroclube de Manaus a levou para um vôo, a fim de melhorar de uma coqueluche. Foram exatas 24 horas de aflição e, finalmente, a alegria da volta. Nossa menina foi encontrada sã e salva depois que o avião caiu e se partiu ao meio", afirma o texto.
Na mensagem, a mãe diz que, infelizmente, no mesmo mês de setembro, porém deste ano, a família não teve a mesma sorte. "Deus a levou junto com o nosso pequenino e muito amado Pedro Henrique."

Amiga
A advogada Priscilla Loureiro, 38, que era amiga de Helen, esteve na missa e também a homenageou.
De acordo com ela, uma frase que a empresária morta sempre dizia era que "o importante é ser feliz sempre".
"E ela o foi. Uma menina viajada que conhecia muitos lugares lá fora", diz.
O filho de Priscila estudava com Pedro Henrique. Segundo a amiga, Helen viajava com a família para o Rio de Janeiro, onde tinha um casamento para participar.
"Ela quase não foi ao casamento devido à eleição, pois sua prima Rebecca Garcia, candidata a deputada federal, contava com seus votos", afirma Priscila.
"Na sexta-feira, quando Helen foi buscar o Pedro na escola, ele veio correndo todo feliz, e a tia fez um comentário. A Helen respondeu que era porque ele ia viajar de avião grande naquele dia", relata a advogada. (AFRA BALAZINA)


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