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São Paulo, sábado, 08 de novembro de 2003

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PATRIMÔNIO

Acervo estava em dois antiquários de BH; três pessoas foram presas

Peças sacras são apreendidas em MG

MAURO ALBANO
DA AGÊNCIA FOLHA

A Polícia Federal apreendeu anteontem em dois antiquários de Belo Horizonte (MG) 23 peças sacras que seriam produto de furtos. Três pessoas -um receptador e dois supostos responsáveis pelos furtos- foram detidas.
Entre o material, havia imagens de santos, castiçais e outros objetos. "São peças que claramente fazem parte do acervo de igrejas e capelas, sejam mineiras ou não", disse Vanessa Borges Brasileiro, presidente do Iepha (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais).
A identificação dos objetos só será determinada por uma perícia realizada por técnicos do Iepha e do Iphan (Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico), ainda não concluída.
Os proprietários dos antiquários onde a Polícia Federal encontrou as peças irão responder a processo e podem ter pedida sua prisão preventiva.

Outro Preto
Foram detidos em Ouro Preto (89 km de Belo Horizonte) os supostos responsáveis pelo furto, José Pedro Martins e Vicente Paulo Pinto, e o suposto receptador Geraldo Melo Silva, em Tiradentes (215 km da capital mineira).
Os três foram levados à cadeia pública de Ouro Preto. A reportagem não conseguiu falar com eles nem com seus advogados.
De acordo com o delegado Tadeu de Moura Gomes, da Polícia Federal, que comandou as diligências, também foi apreendido um recibo de venda que teria sido entregue pela dupla a Geraldo Melo Silva.
O acervo recuperado foi provisoriamente levado para o Museu da Inconfidência, em Ouro Preto. Entretanto a Secretaria da Cultura de Minas Gerais irá pedir que as peças sejam transferidas para o Museu Mineiro, em Belo Horizonte, para facilitar o trabalho de identificação.
Não há evidências de que os envolvidos no episódio façam parte de uma quadrilha especializadas no roubo de peças sacras, que está sendo investigada pela PF.
O delegado Moura, chefe da representação da Interpol em Minas, está à frente das investigações. Ele coordenou a apreensão, em agosto, de 128 peças (a contagem do Iphan, mais detalhista, somou 152) em quatro antiquários e em uma casa em São Paulo.
O Iphan registrou os maiores números de peças sacras roubadas em Minas Gerais em 1994 (com 74 obras) e em 2003 (65).


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