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SEGURANÇA
PF investiga se ele tem ligação com narcotráfico ou terrorismo
Policial é preso ao tentar embarcar com 36 passaportes
DA REPORTAGEM LOCAL
A Polícia Federal prendeu ontem, em São Paulo, um policial civil que tentava embarcar para
Goiânia no aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital, com
36 passaportes estrangeiros em
branco dentro de uma bolsa.
Além dos documentos, o investigador Cristino Rodrigues de Arruda Neto, 41, que trabalhava no
55º DP (Parque São Rafael), região de São Mateus (zona leste),
estaria com dois cheques do
Deutsch Bank, nominais a uma
empresa estrangeira, de US$ 750
mil e US$ 500 mil, totalizando
US$ 1,25 milhão.
Segundo a Superintendência da
PF em São Paulo, será investigado
se os passaportes seriam destinados a traficantes ou a terroristas
estrangeiros. Cada documento,
original, custa cerca de US$ 50 mil
no mercado paralelo.
"Foram apreendidos também
documentos que indicam o alto
custo de cada passaporte apreendido, cerca de US$ 50 mil. Se deduz que somente organizações
como o narcotráfico e o terrorismo têm poder aquisitivo para
aquisição desses documentos de
viagem", explicou Wagner Castilho, delegado da Polícia Federal,
em entrevista ontem ao "Jornal
Nacional", da TV Globo.
Dos 36 passaportes, 30 deles
-quatro italianos e 26 portugueses- integram um lote de documentos roubados de consulados,
na Baixada Santista, no litoral
paulista. Havia ainda quatro passaportes mexicanos e dois espanhóis na bolsa apreendida.
Prisão
A Polícia Federal não divulgou o
conteúdo do depoimento prestado pelo policial nem se ele já tinha
constituído advogado ontem.
O investigador ficará detido no
presídio da Polícia Civil, na capital, ainda de acordo com a assessoria da Secretaria da Segurança
Pública, e responderá a processo
administrativo.
No início, a Polícia Federal suspeitou que os passaportes fossem
falsos, mas, após testes especiais
com o papel, descobriu que os documentos eram verdadeiros e
roubados. Pelo menos 25 estrangeiros, segundo a PF, estariam
aguardando a entrega do malote
apreendido no aeroporto.
Policiais vão investigar ainda a
empresa mencionada nos cheques, cujo nome não foi divulgado. Há a possibilidade de se tratar
de uma firma de fachada, de acordo com a PF, para movimentar o
dinheiro da venda de passaportes.
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