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OUTRO LADO
Decisão é prejulgamento, diz indústria
da Reportagem Local
O vice-presidente-executivo do
Sindusfarm (Sindicato da Indústria Farmacêutica do Estado de
São Paulo), Sálvio Di Girólamo,
disse ontem que a CPI dos Medicamentos, ao quebrar o sigilo dos
laboratórios, está fazendo um
prejulgamento e "apressando a
conclusão dos culpados antes de
ouvir os empresários".
Segundo Di Girólamo, a decisão
representa um "custo desnecessário do Estado" e deve mostrar que
as empresas realmente têm lucro,
mas que estão pagando impostos.
"Como eles vão poder julgar
que o lucro é imoral se não há regras? Nós não estamos em uma
economia de mercado?"
A Folha só conseguiu ouvir 4
dos 24 laboratórios que tiveram o
sigilo fiscal quebrado. Eles disseram estar tranquilos com a decisão. Os demais não se manifestaram ou não foram encontrados.
A Glaxo Wellcome informou,
por meio de sua assessoria, "que
está totalmente aberta para colaborar, é favorável à devassa e encara isso como algo positivo".
"As portas estão abertas. Não
acho que seja um abuso da CPI. É
um direito. Se existem suspeitas,
que investiguem", disse David Zimath, diretor de estratégia e projetos do laboratório Byk.
"Estamos muito tranquilos,
mas entendemos que foi desnecessário. Não é uma medida direcionada a nossa empresa, mas ao
mercado", afirmou José Inácio
Franceschini, advogado da Searle.
O presidente da Merck, Alfred
Koch, informou, por meio de sua
assessoria, que "a Merck está disposta, como sempre esteve, a colaborar com as autoridades".
A Folha não conseguiu localizar
o empresário Eduardo Brasileiro
Miranda Rangel, dono dos laboratórios Quimioterápica Brasileira Ltda e Sidone Indústria e Comércio Ltda, de Uberlândia
(MG), o seu irmão Helvécio Romeiro Miranda Rangel e o advogado deles, Robson Divino Alves.
Colaborou Agência Folha, em Belo Horizonte
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