São Paulo, quarta-feira, 09 de fevereiro de 2000


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OUTRO LADO

Decisão é prejulgamento, diz indústria

da Reportagem Local

O vice-presidente-executivo do Sindusfarm (Sindicato da Indústria Farmacêutica do Estado de São Paulo), Sálvio Di Girólamo, disse ontem que a CPI dos Medicamentos, ao quebrar o sigilo dos laboratórios, está fazendo um prejulgamento e "apressando a conclusão dos culpados antes de ouvir os empresários".
Segundo Di Girólamo, a decisão representa um "custo desnecessário do Estado" e deve mostrar que as empresas realmente têm lucro, mas que estão pagando impostos.
"Como eles vão poder julgar que o lucro é imoral se não há regras? Nós não estamos em uma economia de mercado?"
A Folha só conseguiu ouvir 4 dos 24 laboratórios que tiveram o sigilo fiscal quebrado. Eles disseram estar tranquilos com a decisão. Os demais não se manifestaram ou não foram encontrados.
A Glaxo Wellcome informou, por meio de sua assessoria, "que está totalmente aberta para colaborar, é favorável à devassa e encara isso como algo positivo".
"As portas estão abertas. Não acho que seja um abuso da CPI. É um direito. Se existem suspeitas, que investiguem", disse David Zimath, diretor de estratégia e projetos do laboratório Byk.
"Estamos muito tranquilos, mas entendemos que foi desnecessário. Não é uma medida direcionada a nossa empresa, mas ao mercado", afirmou José Inácio Franceschini, advogado da Searle.
O presidente da Merck, Alfred Koch, informou, por meio de sua assessoria, que "a Merck está disposta, como sempre esteve, a colaborar com as autoridades".
A Folha não conseguiu localizar o empresário Eduardo Brasileiro Miranda Rangel, dono dos laboratórios Quimioterápica Brasileira Ltda e Sidone Indústria e Comércio Ltda, de Uberlândia (MG), o seu irmão Helvécio Romeiro Miranda Rangel e o advogado deles, Robson Divino Alves.


Colaborou Agência Folha, em Belo Horizonte

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