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VIOLÊNCIA
Menino diz ter imitado filme da TV
Garoto de 9 esfaqueia amiga de 7
da Sucursal de Brasília
O menino D.J.G., 9, deu cerca de
20 facadas superficiais nas costas
de sua vizinha M.D.N., 7, enquanto assistiam TV, na noite de anteontem, na cidade-satélite de
Santa Maria, no Distrito Federal.
O garoto disse à polícia que agiu
inspirado no filme "Brinquedo
Assassino", que havia visto na televisão na semana passada.
No filme, o boneco infantil
Chucky "incorpora" um criminoso com poderes sobrenaturais e
começa a matar pessoas. A produção norte-americana, de 1988,
já teve três continuações, sempre
com o boneco infantil como protagonista e assassino.
Segundo o Hospital de Base, os
ferimentos foram leves, apesar de
ter havido necessidade de suturar
alguns deles, e a menina está bem.
Ela continua internada, mas conversa normalmente.
Como foi
De acordo com a versão contada pelo garoto à polícia, ele e a vizinha estavam sozinhos vendo
TV por volta das 18h de anteontem no barraco onde D.J.G. mora.
Eles estavam assistindo o programa infantil "Chaves". O menino se levantou, foi até a cozinha,
pegou três facas e começou a desferir golpes em M.D.N.
A menina começou a gritar. Os
vizinhos, alarmados com o barulho, entraram na casa e encontraram a garota ensanguentada.
Acionaram então a PM, que levou
o menino para a Delegacia da
Criança e do Adolescente. Quando D.J.G. começou a ser ouvido,
sua mãe, que é empregada doméstica, também estava na delegacia. "Ele estuda e é desenvolto.
Contou várias vezes a mesma história", disse a delegada-chefe, Suzana Orlandi Machado.
"Em cinco anos como delegada,
nunca vi um caso assim", disse a
delegada Suzana.
O menino e sua mãe passaram a
noite em um local indicado pela
delegacia. "Achamos que era melhor assim, pois se ele voltasse para sua casa poderia haver represálias de vizinhos", disse Suzana.
A Vara da Infância e da Juventude vai decidir agora que medida
aplicar ao garoto. Como se trata
de criança com menos de 12 anos,
ele está sujeito a medidas de proteção, como acompanhamento
psicológico, segundo o Estatuto
da Criança e do Adolescente.
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