São Paulo, quarta-feira, 09 de fevereiro de 2000


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JUSTIÇA
Crime aconteceu em Igarapava
Prefeito é suspeito de matar antecessor

da Folha Ribeirão

A Procuradoria Geral de Justiça exigiu novas investigações sobre a possível participação do atual prefeito de Igarapava, Sérgio Augusto de Freitas (PTB), na morte do ex-prefeito Gilberto Soares dos Santos em outubro de 98.
O objetivo das novas investigações é a obtenção de provas que possam fortalecer as acusações contra Freitas, suspeito de ser um dos mandantes do crime.
Entre os novos pedidos estão a quebra do sigilo telefônico e o envio de cópias de contas telefônicas e de cheques de pessoas acusadas de participarem do crime.
Além disso, serão exigidos novos interrogatórios de Fued Maluf e Eurípedes Barcelos, acusados de serem mandantes do crime e que poderiam ter acobertado Freitas.
Santos foi morto em outubro de 98 com dez tiros após ser sequestrado. Uma semana depois, foram presas quatro pessoas acusadas de serem os mandantes. O motivo do crime seria dívidas da prefeitura com dois comerciantes.
Devido às acusações e aos constantes encontros de Freitas com advogados foi criada uma espécie de junta governamental que administra a cidade na falta do atual prefeito.
A junta é composta de cinco secretários municipais, encabeçada pelo secretário de Obras e Serviços, Carlos Augusto de Freitas, irmão de Freitas e que já foi prefeito em dois mandatos.
Para o prefeito, o que ocorre é "apenas uma descentralização da administração".
No mês passado, a Justiça de Igarapava decretou a prisão preventiva de quatro membros do grupo político de Freitas.
Os quatro não compareceram anteontem ao primeiro interrogatório marcado pela Justiça e estão foragidos, apesar de ainda não terem sido desligados de seus cargos públicos.
Para Freitas, existe uma "trama política" com o objetivo de desestabilizar sua administração. Ele diz que o pedido de novas investigações demonstra que não há provas para incriminá-lo.


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