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JUSTIÇA
Crime aconteceu em Igarapava
Prefeito é suspeito de matar antecessor
da Folha Ribeirão
A Procuradoria Geral de Justiça
exigiu novas investigações sobre a
possível participação do atual
prefeito de Igarapava, Sérgio Augusto de Freitas (PTB), na morte
do ex-prefeito Gilberto Soares dos
Santos em outubro de 98.
O objetivo das novas investigações é a obtenção de provas que
possam fortalecer as acusações
contra Freitas, suspeito de ser um
dos mandantes do crime.
Entre os novos pedidos estão a
quebra do sigilo telefônico e o envio de cópias de contas telefônicas
e de cheques de pessoas acusadas
de participarem do crime.
Além disso, serão exigidos novos interrogatórios de Fued Maluf
e Eurípedes Barcelos, acusados de
serem mandantes do crime e que
poderiam ter acobertado Freitas.
Santos foi morto em outubro de
98 com dez tiros após ser sequestrado. Uma semana depois, foram
presas quatro pessoas acusadas
de serem os mandantes. O motivo
do crime seria dívidas da prefeitura com dois comerciantes.
Devido às acusações e aos constantes encontros de Freitas com
advogados foi criada uma espécie
de junta governamental que administra a cidade na falta do atual
prefeito.
A junta é composta de cinco secretários municipais, encabeçada
pelo secretário de Obras e Serviços, Carlos Augusto de Freitas, irmão de Freitas e que já foi prefeito
em dois mandatos.
Para o prefeito, o que ocorre é
"apenas uma descentralização da
administração".
No mês passado, a Justiça de
Igarapava decretou a prisão preventiva de quatro membros do
grupo político de Freitas.
Os quatro não compareceram
anteontem ao primeiro interrogatório marcado pela Justiça e estão
foragidos, apesar de ainda não terem sido desligados de seus cargos públicos.
Para Freitas, existe uma "trama
política" com o objetivo de desestabilizar sua administração. Ele
diz que o pedido de novas investigações demonstra que não há
provas para incriminá-lo.
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