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Previsão é de aumento das chuvas na região a partir de quarta, com a chegada de frente fria, diz ministro da Integração Nacional
Cheias no Sudeste devem se agravar, diz Ciro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, disse ontem
que as chuvas deverão cair com
maior intensidade em São Paulo e
no Rio de Janeiro a partir da próxima quarta, podendo agravar os
problemas causados pelas enchentes na região Sudeste. O ministro negou que a capital paulista
tenha preferência na liberação de
recursos para obras estruturais.
"A situação de enchente em São
Paulo nos preocupa, porque tende a se agravar. A estimativa de
chuvas para os próximos dias
aponta a tendência de ceder a intensidade das cheias no Nordeste,
salvo pontos isolados, e de recrudescer um pouco na área do Sudeste a partir de quarta-feira, por
causa de frente fria que entra pelo
Sul. Entretanto, a atenção que o
governo federal está dando é igual
para todos os lugares", disse.
Por causa de uma nova frente
fria, as tempestades em São Paulo
e no Rio poderão atingir 50 mm
de água por dia, quando o normal
para meses de fevereiro é de 180
mm por mês, segundo o Inmet
(Instituto Nacional de Meteorologia). Um milímetro de chuva
equivale a um litro por m2 de área.
Na última sexta, a prefeita de
São Paulo, Marta Suplicy (PT),
apresentou ao ministro um plano
de recuperação da cidade, pediu a
liberação de R$ 27 milhões para
obras em regiões afetadas e defendeu "um pouco mais de atenção"
federal com São Paulo.
"A orientação do presidente é
que os recursos disponibilizados
para intervenções estruturais sejam liberados em um conjunto só
para todas as áreas atingidas. Não
será dado tratamento isolado para nenhuma comunidade, nem
no Nordeste nem no Sudeste",
afirmou ontem Ciro.
A prioridade, disse o ministro, é
atender às vítimas, com medidas
para garantir abrigo, alimentos,
assistência médica, remédios e
água potável. Já foram liberados
R$ 32 milhões e não faltará verba,
disse Ciro. Obras estruturais ficam para uma segunda fase.
O ministro apresentou ontem
levantamento dos prejuízos causados pelas chuvas no país e fez
"prestação de contas" das medidas desenvolvidas pelo governo.
O Inmet, disse Ciro, registrou
no Nordeste 600 mm de chuva em
janeiro. A média é de 100 mm.
O prejuízo já excede R$ 200 milhões. São 644 municípios, sendo
sete em situação crítica, todos na
Paraíba, e 32 em situação de parcial isolamento. Há 213 escolas
danificadas, 76.338 pessoas desabrigadas (perderam as casas e estão em abrigos oficiais) e 102.096
desalojadas (deixaram as casas,
mas não estão em abrigos).
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