KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Cinco minutos. Esse foi o tempo que levou para a água acumulada da chuva atingir um metro e meio de altura em pontos de grande movimentação no centro de São Paulo, inundar imóveis, cobrir carros estacionados e deixar um rastro de sujeira. Ninguém ficou ferido.
"A última vez que vi algo assim foi em 1998", afirmou Silvio Balbino, 49, proprietário há 21 anos de um salão de cabeleireiros na alameda Barão de Limeira, alagado ontem. "Perdi todos os móveis. Em cinco minutos a água cobriu tudo", contou ele.
Perto das 16h, a água cobriu carros estacionados no cruzamento das alamedas Barão de Limeira e Ribeiro da Silva, no Campos Elíseos. Outra área crítica no bairro foi nas ruas Barão de Campinas, Adolfo Gordo e Doutor Carvalho de Mendonça com a alameda Nothman.
"Sou apaixonado por Fusca. Paguei R$ 5.000 por este há dois meses. Agora entrou água no motor e na parte elétrica. O pior é que eu não tenho seguro", lamentava o vendedor Beto Farias, 32.
Nos pontos mais altos, motoristas ficaram "ilhados", esperando o nível da água abaixar -o que levou cerca de duas horas.


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