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Laudo aponta uso de 8 das 14 armas do PCC
ALESSANDRO SILVA
ENVIADO ESPECIAL A SOROCABA
Cinco pistolas, duas espingardas calibre 12 e uma submetralhadora que estavam com os homens
do PCC mortos pela polícia em
Sorocaba, na última terça-feira,
deram resultado positivo no exame de disparo recente feito pelo
Instituto de Criminalística.
Isso quer dizer que 8 entre 14 armas apreendidas no comboio fizeram disparos dias antes ou no
confronto com policiais militares,
no pedágio da rodovia Senador
José Antonio Ermírio de Morais.
Quatro fuzis, um revólver calibre 38 e uma pistola deram negativo, portanto não foram utilizadas no tiroteio com a PM.
Anteontem, teste residuográfico do IC encontrou pólvora na
mão de 3 dos 12 mortos, comprovando que eles atiraram. O problema é que não se pode afirmar
que os outros não deram tiros,
porque o socorro prestado aos
baleados pode ter atrapalhado a
coleta das amostras analisadas.
Para o delegado Ivaney Cayres
de Souza, diretor do Deinter-7, as
provas encontradas até agora indicam que a ação da PM foi legítima. Os laudos do IML (Instituto
Médico Legal) sobre os disparos
nos corpos ainda não foram incluídos no inquérito.
"Não era preciso que todos [os
mortos" tivessem atirado nem
que um policial morresse para caracterizar legítima defesa", disse.
Um representante da Procuradoria Geral de Justiça, o promotor
Amauri Chaves Arfelli, indicado
para verificar se houve abuso na
ação, acompanha o inquérito.
Todas as 34 armas dos policiais
militares envolvidos no tiroteio
deram resultado positivo no exame de recenticidade do IC.
Por falta de preservação do local
do crime, não é possível saber em
que veículos estavam os mortos.
O comando da ação no local disse
que não preservou o local pois era
preciso socorrer os feridos.
Apesar das declarações de um
porta-voz do PCC de que o alvo
do comboio era roubar um avião
pagador em Sorocaba, a polícia
ainda trabalha com as hipóteses
de resgate de presos ou de vingança -grupo estaria viajando apara
atacar integrantes de facção rival.
A polícia concentra as investigações em Campinas, onde mora
Evaristo Abreu dos Santos, o suspeito de integrar o comboio e que
foi preso após o confronto, depois
de roubar a arma de um policial.
Na casa dele, foram achadas uma
pistola e uma espingarda.
A polícia de Sorocaba espera receber a fita do grampo em que a
PM descobriu a operação do PCC.
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