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Ampliado o veto ao transporte de
madeira tirada da mata atlântica
MAURÍCIO THUSWOHL
DA SUCURSAL DO RIO
O Ibama (Instituto Brasileiro de
Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) estendeu para
todo o Brasil a proibição do transporte de madeira extraída do domínio da mata atlântica.
Antes, a proibição só vigorava
no sul da Bahia e foi determinada
após uma série de denúncias de
extração e transporte ilegais feitas
pela Rede de ONGs da Mata
Atlântica (RMA).
A medida foi anunciada em um
seminário da RMA no Rio e é a
iniciativa do atual governo no
sentido de atender uma promessa
feita às entidades ambientalistas
na campanha presidencial: acabar
de vez com o desmatamento.
De acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente, o domínio da mata atlântica está reduzido a 7,6% de sua cobertura original, em torno de 99 mil quilômetros quadrados espalhados em remanescentes fragmentados ao
longo da costa brasileira e no sul
de Goiás e Mato Grosso do Sul.
Na época do Descobrimento, a
mata ocupava uma área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados.
Agora, a preocupação dos ambientalistas é evitar que desapareça o pouco que ainda resta da floresta. As agressões ao meio ambiente nunca cessaram. De acordo com a Fundação SOS Mata
Atlântica, entre 1985 e 1995 foram
destruídos mais de 1 milhão de
hectares em dez Estados.
O secretário de Biodiversidade e
Florestas do Ministério do Meio
Ambiente, João Paulo Capobianco, afirmou que o projeto de lei
3.285/92, que determina o desmatamento zero na mata atlântica e
está na fila de votação da Câmara
dos Deputados há 11 anos, deve se
transformar em lei em breve.
Capobianco afirmou que o presidente da Câmara, João Paulo
Cunha (PT), se comprometeu a
colocar o projeto em pauta em regime de urgência.
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