São Paulo, sexta-feira, 09 de abril de 2010

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Total de favelas em Niterói cresceu 200%

RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO

A cidade de Niterói, a mais atingida pela tragédia no Rio com mais da metade das mortes do Estado, assistiu a um crescimento de 202% no número de favelas, entre 2000 e 2008 -de 43 para 130.
Atualmente, um em cada cinco niteroienses vive nesse tipo de comunidades, boa parte de morros.
São cerca de 95 mil do total de 478 mil moradores, de acordo com mapeamento do Núcleo de Regulamentação Fundiária, da Secretaria Municipal de Urbanismo e Controle Urbano de Niterói.
A cidade, que já foi a capital do Estado do Rio de Janeiro -antes da fusão com a Guanabara, em 1975-, é comandada desde 1988 pelo grupo político do atual prefeito, Jorge Roberto Silveira (PDT).
Filho do ex-governador do Rio Roberto Silveira, o pedetista Jorginho nunca perdeu uma eleição em Niterói e está em seu quarto mandato. Em 2008, elegeu-se em primeiro turno, com 60,8% dos votos.
A maior parte da favelização ocorreu no período do petista Godofredo Pinto, vice de Jorge Silveira. Godofredo assumiu o cargo quando o prefeito renunciou à função para concorrer ao governo do Estado em 2002. Godofredo se reelegeu.
A prefeitura tem um Plano Municipal de Redução de Risco, que conta com o apoio do Ministério das Cidades.
Segundo o site da Secretaria de Urbanismo, Niterói "sofre com a ocupação de áreas inadequadas, e o crescimento desordenado tem exposto parte da população, principalmente a de baixa renda, aos riscos desse processo".
Niterói é tida como uma cidade de elevada qualidade de vida, apesar do recente e percebido inchaço urbano na última década. O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do município era de 0,886 (quanto mais próximo de 1, melhor) em 2000, o terceiro melhor do país.


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