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RIO PRETO
"Explosões" colocam Defesa Civil em alerta
EDMILSON ZANETTI
da Agência Folha, em São José do Rio Preto
A Justiça de São José do Rio Preto
determinou ontem a ampliação da
área de isolamento próxima aos
edifícios Espanha e Portugal, depois que vizinhos e oficiais da PM
disseram ter ouvido, de madrugada, sons de "estalos" e "explosões"
no interior de um deles.
A Defesa Civil e a empresa Arcoenge, contratada pela prefeitura
para fazer a implosão dos prédios
assim que for autorizada pela Justiça, estão em estado de alerta.
O Espanha e o Portugal estão interditados por apresentar os mesmos problemas técnicos que provocaram o desabamento do edifício Itália, do mesmo condomínio,
na madrugada de 16 de outubro do
ano passado.
Segundo o IPT (Instituto de Pesquisas tecnológicas), os prédios,
localizados na região central de
São José do Rio Preto (451 km a
noroeste de SP), têm sobrecarga, e
os pilares de sustentação do Espanha apresentam movimento de
rotação na direção do Portugal.
Ontem pela manhã, o engenheiro Cleber Duque, responsável pelo
monitoramento dos prédios, quase foi agredido pelos vizinhos, depois de vistoriar a área e dizer que
os aparelhos não acusaram qualquer anormalidade nas construções. Eles querem a implosão.
Moradores de um raio de 100
metros foram acordados por sirenes do Corpo de Bombeiros e retirados de suas casas a partir das 2h
da madrugada. Outras 230 famílias foram retiradas da área de risco na semana passada.
O juiz da 4ª Vara Cível, Júlio César Afonso Cuginotti, que autorizou a implosão, pediu aos oficiais
um relatório sobre o episódio.
A prefeitura pretende enviar o
relatório ao Tribunal de Justiça,
que deve decidir na próxima semana se revoga ou não a liminar
que suspendeu temporariamente
a implosão.
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