|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PARALISAÇÃO
MEC e docentes devem se reunir na próxima semana
Professores em greve queimam contracheques em protesto no Rio
Dado Junqueira/Folha Imagem
|
Protesto de professores em frente ao prédio do MEC, no Rio
|
da Sucursal do Rio
da Reportagem Local
Professores das universidades federais do Rio, em greve desde o
início do mês, queimaram ontem
seus contracheques durante uma
manifestação no centro da capital
contra o governo federal, que há
mais de três anos mantém congelados os salários da categoria.
Cerca de 400 pessoas, entre professores e alunos das universidades, participaram da manifestação. Eles fizeram passeata do largo
de São Francisco até a Cinelândia.
Os manifestantes queimaram
um boneco representando o presidente Fernando Henrique Cardoso e depositaram em uma caixa de
papelão cópias de livros de FHC.
Entre as reivindicações dos professores universitários, estão reajuste salarial de 48,65% e a suspensão do PID (Programa de Incentivo à Docência).
Representantes do Ministério da
Educação e da Andes, sindicato
que representa os professores das
federais, devem se reunir na próxima quarta-feira.
"Estamos abertos a conversa
desde o dia 13 de março, quando a
Andes teve audiência com o ministro (Paulo Renato Souza)", diz
o diretor do Departamento de Política do Ensino Superior do MEC,
Luiz Roberto Liza Curi.
A Andes, mantém-se cautelosa,
preferindo caracterizar a reunião
como um primeiro contato e não
com um início de negociação.
"Pode até ser, mas isso vamos ver
na hora", diz Maria Cristina Morais, presidente da entidade.
Ontem, aumentou o número de
instituições que aderiram à greve.
Segundo o MEC, estão total ou
parcialmente paradas 25 universidades entre 39. A Andes diz que a
greve atinge 34 unidades de 52.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|