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SP tem caso suspeito de dengue hemorrágica
da Agência Folha
Um mulher de 35 anos pode ser
umas das primeiras no Estado de
São Paulo a ter contraído dengue
hemorrágica.
Ela foi atendida na segunda-feira
em um Posto de Saúde no município de Araçatuba (531 km a noroeste de SP) com todos os sintomas de dengue e com hemorragias
no nariz.
O médico que atendeu o caso encaminhou a paciente para novos
exames na Vigilância Epidemiológica, mas ela "desapareceu", segundo o secretário de Saúde do
município, Antonio Rubens Lima
da Costa.
Os agentes de saúde estiveram
duas vezes na casa dela, anteontem e ontem, mas não encontrou
ninguém. A região de Araçatuba
registrou este ano 550 casos de
dengue clássica.
Desde segunda-feira, a Secretaria de Saúde e a DIR-6 (Direção
Regional de Saúde) estão multando moradores e empresas flagrados com criadouros do mosquito
Aedes aegypti na segunda visita
dos agentes. As multas variam de
R$ 50,00 a R$ 1.700,00.
Vacinação em BH
A Secretaria Municipal de Saúde
de Belo Horizonte está discutindo
com a Secretaria Estadual de Saúde e a Fundação Nacional de Saúde estratégia de ação para prevenir
contra a reurbanização da febre
amarela, doença cujo transmissor
é o mesmo da dengue, o mosquito
Aedes aegypti.
Segundo a chefe do Departamento de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, Gilvânia
Consenza, o primeiro passo é descentralizar a vacinação, hoje feita
por um único posto da Fundação
Nacional de Saúde.
A partir da próxima semana, 50
enfermeiros de centros municipais de saúde serão treinados para
que o trabalho de vacinação seja
ampliado.
Hoje a vacinação contra a febre
amarela é espontânea. Mas com a
epidemia de dengue, a procura no
posto da FNS aumentou de 60 pessoas por dia para 240.
Segundo Consenza, o aumento
indica que a população já está
preocupada com a possibilidade
de volta da doença.
Ainda não está definido se haverá vacinação em massa ou se a
imunização será indicada apenas
para quem vai viajar para regiões
onde há registro da doença.
De acordo com Consenza, há
risco de a febre amarela, que teve o
último registro na capital mineira
na década de 30, voltar, em função
da grande infestação do Aedes e da
presença silvestre da doença, que
contamina macacos, nas regiões
noroeste e nordeste de Minas.
Os números da dengue em Belo
Horizonte continuam crescendo.
Até ontem à tarde foram confirmados 40.815 casos e outras 14.325
pessoas estavam sob suspeita.
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