DA REPORTAGEM LOCAL

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) diz, em nota oficial, que a transferência de presos da Cadeia Pública de Tatuí depende da oferta de vagas pela Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (SAP).
O documento informa que a Cadeia Pública de Tatuí integra o programa de desativação de carceragens do Estado de São Paulo.
"Em março, [a cadeia] tinha 280 detentos. Com as vagas liberadas pela SAP, restam hoje 34. A completa desativação da cadeia, contudo, depende da indicação de novas vagas pela SAP, já solicitadas pela secretaria."
O delegado de Tatuí, Reinaldo Antônio Damião Ferreira, diz que inquéritos policiais e investigações estão parados, pois o efetivo trabalha atualmente na segurança do prédio e do entorno da cadeia.
Além disso, afirma que seu efetivo é pequeno e que, à noite, policiais de cidades da região têm ajudado a fazer a segurança no local e a evitar fugas.
Ferreira acredita que a única solução é "a remoção total dos presos e a desativação da cadeia o mais rápido possível".
De acordo com a nota da SSP, entretanto, a direção do Deinter 7 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior) assegura à população "que o trabalho de investigação da polícia em Tatuí será mantido regularmente".
Já a SAP diz que não sabe informar quantas foram as solicitações feitas para transferências da Cadeia Pública de Tatuí. Afirma, entretanto, que a intenção é "esvaziar a cadeia". Diz, ainda, não ter um prazo para realizar as transferências que faltam.
Investigadores ouvidos pela reportagem afirmam que precisam de reforço para entrar na cadeia. Eles se sentem inseguros até do lado de fora. "Aos finais de semana e durante a noite ficamos muitas vezes sozinhos. Se tentarem resgatar os presos, correremos riscos", diz um investigador que preferiu não se identificar. (AB)


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