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VIOLÊNCIA
Só no 1º trimestre 19 casos foram registrados
Em um ano, seqüestro relâmpago cresce seis vezes no Estado do RJ
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
O número de registros de seqüestros relâmpagos no Estado
do Rio nos três primeiros meses
deste ano é seis vezes o montante
computado no mesmo período
do ano passado. É também quase
o mesmo de todo o ano de 2004.
De acordo com estatísticas da
Secretaria de Segurança Pública
fluminense, de janeiro a março
deste ano ocorreram pelo menos
19 seqüestros relâmpagos contra
apenas três no primeiro trimestre
de 2004. O número deste ano é
próximo do somado nos 12 meses
do ano passado, que teve 21 casos.
O crescimento de seqüestros relâmpagos pode indicar que o Rio
começa a seguir uma tendência
de explosão de casos, mas num
patamar ainda bem mais baixo do
que São Paulo -que registra uma
média mensal de 140 crimes.
Nos últimos dois anos, os seqüestros relâmpagos no Rio superam o número de seqüestros com
cativeiro. De julho a dezembro de
2003, por exemplo, foram computados 20 casos contra 15 seqüestros clássicos no ano todo.
Em 2004, foram 21 seqüestros
relâmpagos e apenas dez com cativeiro. Neste ano, ocorreram 19
seqüestros desse tipo e só três
clássicos. Os seqüestros com cativeiro vêm sofrendo uma redução
nos últimos anos. De 24 casos em
2002, houve apenas dez em 2004.
Os seqüestros relâmpagos passaram a ser computados nas estatísticas do Rio em 2003. Antes
eram incluídos como extorsão.
Pela classificação do governo de
Rosinha Matheus (PMDB), considera-se seqüestro relâmpago
quando há extorsão com momentânea privação de liberdade.
O número de casos, no entanto,
pode ser ainda maior já que muitos episódios semelhantes a seqüestros relâmpagos, principalmente em Niterói (Grande Rio),
estariam sendo registrados como
roubo. Ainda pode haver vítimas
que não apresentam queixas.
Entre janeiro e março, por
exemplo, policiais que atuam no
município informam que ocorreram pelo menos seis casos de seqüestros relâmpagos, mas a estatística oficial computou só dois.
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