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Vacinação é descartada
da Reportagem Local
O CVE descarta, no momento, vacinar adultos em massa
nos postos de saúde para conter a epidemia de sarampo.
Embora o número de casos
absolutos da doença em pessoas acima de 15 anos seja
maior do que em crianças, a incidência do sarampo, em termos proporcionais, argumenta
o CVE, é ainda muito maior em
crianças.
Hoje, na capital paulista, onde está concentrada a maioria
dos casos, a incidência de sarampo em bebês de menos de
um ano é de 78 casos por 100
mil crianças.
No caso de pessoas entre 15 e
19 anos, esse índice é de 21 casos por 100 mil habitantes.
"Nossa prioridade são as
crianças com menos de 6 anos.
Não há necessidade, no momento, de vacinar adultos indiscriminadamente", disse a
pediatra Helena Keico Sato, do
CVE.
O motivo para dar preferência às crianças é que elas sofrem
mais com a doença e correm
maior risco de morrer em função do sarampo.
O CVE também acredita que
muitos dos adultos que pegaram a doença contraíram sarampo de crianças. Por isso, se
a epidemia for controlada entre as crianças, o número de casos entre adultos deve cair, segundo o CVE.
A Folha entrou em contato
com três postos de saúde da capital paulista (Consolação,
Santa Cecília e Campo Limpo),
e todos os funcionários disseram que só estão autorizados a
aplicar vacinas em crianças e
em pessoas que já passaram pelo CVE.
Campanha em hospitais
O CVE informou que, até o
final do mês, vai desencadear
uma campanha de vacinação
contra o sarampo entre funcionários da área de saúde, que
correm maior risco de contrair
a doença.
Alguns hospitais de São Paulo já estão fazendo campanhas
para vacinar seus médicos, enfermeiros, residentes e funcionários contra o sarampo.
Cerca de 2.880 funcionários
do Hospital São Paulo, da antiga Escola Paulista de Medicina,
que acolheu 152 casos de sarampo em seu pronto-socorro
entre janeiro e julho, já foram
vacinados. A campanha aconteceu entre 16 e 21 de junho.
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