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VIOLÊNCIA
Segundo a polícia, a quadrilha assaltava casas em Juqueí; pelo menos dez turistas teriam sido vítimas de violência sexual
Preso grupo que estuprava no litoral de SP
FÁBIO AMATO
DAS REGIONAIS, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Três homens foram presos ontem em São Paulo acusados de integrar uma quadrilha de estupradores que agia havia dois meses
em Juqueí, uma das praias mais
sofisticadas de São Sebastião (litoral norte de São Paulo). De acordo
com a polícia, eles teriam estuprado pelo menos dez turistas com
idades entre 15 e 59 anos. O número de vítimas pode ser maior.
O vigia A.F.J.G., 36, o pedreiro
A.B.S., 35, e o ajudante V.A.H., 22,
foram presos por volta das 8h. O
quarto acusado de fazer parte do
grupo é R.F.A.H., 19, irmão de
V.A.H. Ele foi preso há uma semana em São Sebastião, durante a
última ação da quadrilha. Na
oportunidade, conforme a polícia, os outros três escaparam.
Estão detidas na Cadeia Pública
de Santos, acusadas de receptação
de objetos roubados pela quadrilha, as mulheres de A.F.J.G. e
A.B.S. De acordo com a polícia,
nas casas delas, em Bertioga, foi
encontrada parte dos objetos roubados, como celulares.
""Até agora, eles são suspeitos de
12 roubos a casas de turistas. Em
seis desses casos, os roubos foram
seguidos de estupro ou então
atentado violento ao pudor", informou o delegado seccional de
São Sebastião, João Barbosa Filho.
Segundo ele, a quadrilha agiu
por dois meses, aproveitando o
período de baixa temporada,
quando o movimento de pessoas
é pequeno. Outro fato que facilitou a ação da quadrilha, para o
delegado seccional, é a distância
de cerca de 40 km entre Juqueí e o
centro de São Sebastião.
A quadrilha praticava os crimes
sempre aos finais de semana. Os
suspeitos agiam armados e encapuzados. Depois de escolher as vítimas, segundo o delegado, invadiam o imóvel à noite.
Os homens eram imobilizados
com fita adesiva. As mulheres
eram levadas para outros cômodos e submetidas a violência sexual. ""O objetivo [do estupro] era
constranger as vítimas para que
elas não procurassem a polícia",
disse o chefe do Deinter 1 (Departamento de Polícia Judiciária do
Interior) de São José dos Campos,
Claudinê Pascoetto.
De acordo com Pascoetto, são
duas as principais provas: uma
máquina fotográfica digital, com
fotos das vítimas na memória,
achada na casa de um dos acusados, e uma roupa íntima (uma
cueca verde) que foi reconhecida
por uma das vítimas de estupro.
Outro lado
Segundo a polícia, os acusados
ainda não haviam constituído advogados.
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