São Paulo, sexta-feira, 09 de julho de 2004

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VIOLÊNCIA

Segundo a polícia, a quadrilha assaltava casas em Juqueí; pelo menos dez turistas teriam sido vítimas de violência sexual

Preso grupo que estuprava no litoral de SP

FÁBIO AMATO
DAS REGIONAIS, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Três homens foram presos ontem em São Paulo acusados de integrar uma quadrilha de estupradores que agia havia dois meses em Juqueí, uma das praias mais sofisticadas de São Sebastião (litoral norte de São Paulo). De acordo com a polícia, eles teriam estuprado pelo menos dez turistas com idades entre 15 e 59 anos. O número de vítimas pode ser maior.
O vigia A.F.J.G., 36, o pedreiro A.B.S., 35, e o ajudante V.A.H., 22, foram presos por volta das 8h. O quarto acusado de fazer parte do grupo é R.F.A.H., 19, irmão de V.A.H. Ele foi preso há uma semana em São Sebastião, durante a última ação da quadrilha. Na oportunidade, conforme a polícia, os outros três escaparam.
Estão detidas na Cadeia Pública de Santos, acusadas de receptação de objetos roubados pela quadrilha, as mulheres de A.F.J.G. e A.B.S. De acordo com a polícia, nas casas delas, em Bertioga, foi encontrada parte dos objetos roubados, como celulares.
""Até agora, eles são suspeitos de 12 roubos a casas de turistas. Em seis desses casos, os roubos foram seguidos de estupro ou então atentado violento ao pudor", informou o delegado seccional de São Sebastião, João Barbosa Filho.
Segundo ele, a quadrilha agiu por dois meses, aproveitando o período de baixa temporada, quando o movimento de pessoas é pequeno. Outro fato que facilitou a ação da quadrilha, para o delegado seccional, é a distância de cerca de 40 km entre Juqueí e o centro de São Sebastião.
A quadrilha praticava os crimes sempre aos finais de semana. Os suspeitos agiam armados e encapuzados. Depois de escolher as vítimas, segundo o delegado, invadiam o imóvel à noite.
Os homens eram imobilizados com fita adesiva. As mulheres eram levadas para outros cômodos e submetidas a violência sexual. ""O objetivo [do estupro] era constranger as vítimas para que elas não procurassem a polícia", disse o chefe do Deinter 1 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior) de São José dos Campos, Claudinê Pascoetto.
De acordo com Pascoetto, são duas as principais provas: uma máquina fotográfica digital, com fotos das vítimas na memória, achada na casa de um dos acusados, e uma roupa íntima (uma cueca verde) que foi reconhecida por uma das vítimas de estupro.

Outro lado
Segundo a polícia, os acusados ainda não haviam constituído advogados.


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