MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

Uma liminar da Justiça Federal de anteontem à noite suspendeu o aumento da tarifa do transporte urbano de Florianópolis, e hoje as passagens voltam aos preços antigos. A prefeita Ângela Amin (PP) disse que não vai recorrer.
Nas duas últimas semanas, usuários de ônibus indignados, principalmente estudantes, vinham fazendo protestos seguidos contra o reajuste.
Ao suspender o aumento, o juiz de plantão da Justiça Federal Jurandi Borges Pinheiro acatou os argumentos de uma medida cautelar apresentada pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Segundo a entidade, os protestos "instalaram na cidade um verdadeiro caos, mas afirma considerar "justa a revolta em decorrência dos exorbitantes preços". O juiz decidiu pela suspensão até o julgamento de uma ação civil que a OAB ainda vai ajuizar.
A garantia de recuo das tarifas desmobilizou um protesto de estudantes marcado para ontem. A concentração se limitou a cerca de 500 pessoas em frente ao principal terminal de ônibus, no centro.
Ângela Amin disse ter recebido apoio de outros prefeitos e que espera dos governos federal e estadual "resoluções, e não só estudos e debates" para o subsídio do transporte. A passagem mais cara (do centro para o norte da ilha) tinha subido de R$ 2,50 para R$ 3. A média de reajuste era de 15,6%.
"A liminar atende à reivindicação central do movimento", disse um dos líderes dos protestos, o estudante Marcelo Pomar, 22.


Texto Anterior: Hospitais têm déficit de R$ 6 mi em PE
Próximo Texto: Panorâmica - Viagem interestadual: Idosos vão ter direito a bilhete gratuito
Índice