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Prefeita critica projeto da meia-entrada
DA REPORTAGEM LOCAL
A prefeita Marta Suplicy (PT)
criticou o projeto que obriga todos os cinemas, teatros, casas de
espetáculos, estádios e ginásios da
capital a dar desconto de 50% para menores de 21 anos.
Para Marta, o projeto "não é
bom para a cidade". Isso porque
provocaria uma "debandada" de
eventos culturais e poderia resultar em aumento nos preços dos
ingressos, para compensar a concessão da meia-entrada.
Aprovado anteontem, o projeto
é do ex-líder do governo na Câmara Municipal, José Mentor
(PT), que renunciou à liderança
para cuidar de sua candidatura a
deputado federal.
O vereador afirmou que um
possível veto da prefeita não irá
"afetar as relações entre eles". Para Mentor, a proposta democratiza o acesso à cultura ao ampliar o
benefício da meia-entrada.
Produtores teatrais e exibidores
cinematográficos concordam
com a prefeita sobre a possibilidade de o preço dos ingressos vir a
aumentar, caso o projeto vire lei.
Segundo o diretor da Apetesp
(Associação dos Produtores Teatrais do Estado), Atílio Bari, a classe teatral não foi consultada. "Haverá alta no preço. Vamos ter de
tirar de algum lugar."
O presidente da Abraplex (Associação Brasileira das Empresas
Operadoras de Multiplex), Valmir Fernandes, afirma que a idéia
falha ao privilegiar uma faixa etária. "Há menores de 21 anos que
têm condição de pagar o cinema e
pessoas de outra faixa que precisariam ser beneficiadas."
Embora tenha ponto de vista
parecido em relação à restrição de
promoções a outras faixas etárias,
o diretor de programação do Espaço Unibanco de Cinema, Adhemar Oliveira, não é inteiramente contrário ao projeto. "O ideal é que o maior número possível de
pessoas frequente as artes em geral. Nisso o projeto é excelente."
Câmara
Ontem, o acordo entre os vereadores e o governo possibilitou que fossem aprovados 31 projetos, 30 em primeira votação e apenas um definitivamente.
A proposta aprovada em votação final institui o conselho municipal de habitação, com a função de fiscalizar a aplicação dos recursos financeiros transferidos pelos governos federal e estadual e supervisionar o Fundo Municipal
da Habitação.
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