DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Fiscais da Diretoria de Proteção Ambiental do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) aplicaram ontem, em São José dos Pinhais (PR), uma multa de R$ 1,9 milhão contra a Red Madeiras Tropicais Ltda.
A companhia foi acusada de não ter a documentação exigida para armazenar e vender o mogno. Os fiscais apreenderam 19 mil metros cúbicos da madeira, que serão doados para ONGs (organizações não-governamentais).
Segundo o Ibama, a Red Madeiras tinha encaminhado um pedido de autorização para comercializar o mogno nos mercados brasileiro e externo. Mas um levantamento feito pela Diretoria de Florestas do Ibama constatou que o plano de manejo florestal da empresa não tinha preenchido todas as exigências solicitadas pelo órgão. Em nota, o instituto informou que o plano continha "falhas técnicas e irregularidades".
A reportagem tentou, por três vezes, contato com os diretores da Red, mas os funcionários alegaram que, por volta das 16h30 de ontem, não havia mais nenhum proprietário para falar sobre o caso. Dois funcionários, identificados como Paulo e Jacel, afirmaram que não tinham autorização para fornecer os telefones celulares de seus chefes.
Em junho, o governo brasileiro anunciou que será liberada a exploração do mogno só em áreas de manejo florestal sustentável, mas os critérios ainda estão sendo definidos. Em outubro de 2001 havia sido definida a moratória da extração para preservar a espécie.


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