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Cataguazes é acusada de não cumprir acordo
THIAGO GUIMARÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
A Promotoria de Defesa do
Meio Ambiente do Ministério Público de Minas apresentou ontem
denúncia criminal contra Kléber
da Silva Campos e a Iberpar Empreendimentos e Participações
Ltda., responsáveis judicialmente
pela Indústria Cataguazes de Papel, cuja barragem de resíduos industriais rompeu em março, prejudicando o abastecimento de
água em Minas e no Rio.
A denúncia (acusação formal)
foi motivada, segundo a Promotoria, pelo descumprimento de
acordo extrajudicial acertado entre as partes em maio, pelo qual a
empresa se comprometia a adotar
medidas para evitar novos acidentes ecológicos. Entre as obrigações não cumpridas estaria a
contratação de empresa especializada para elaborar projeto executivo de estabilização e desativação
das duas barragens de rejeitos
existentes no local do acidente, a
fazenda Bom Destino, na zona rural de Cataguases.
Na denúncia, a Promotoria cita
relatório da Feam (órgão ambiental estadual) de 27 junho, que revela a existência de "água na base
da barragem 2 [não rompida]",
fato que evidenciaria, segundo o
Ministério Público, risco grave de
rompimento, principalmente
com o início das chuvas.
Para o advogado da Cataguazes,
Fernando Pinheiro Pedro, a denúncia do Ministério Público "falta com a verdade". Segundo ele, as
obras de engenharia nas barragens já estão praticamente concluídas. Ele diz também que a empresa de consultoria já foi contratada e que o projeto de desativação ainda não foi apresentado
porque depende de laudos dos órgãos ambientais, que, segundo
ele, teriam sido concluídos somente na semana passada.
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