São Paulo, quarta, 9 de setembro de 1998

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Estradas respondem por 40% dos casos

da Reportagem Local

Levantamento feito pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) revela que 40% dos acidentes envolvendo substâncias perigosas (produtos inflamáveis, corrosivos ou radioativos) no Estado de São Paulo ocorrem durante o transporte rodoviário.
A Cetesb atendeu 944 acidentes com produtos perigosos em estrada entre 1983 e 1997. Mas o universo é bem maior.
O número divulgado pela Cetesb corresponde apenas aos casos em que a Cetesb foi acionada, geralmente nos acidentes que podem causar danos ao meio ambiente ou segurança pública.
A Polícia Rodoviária Estadual registrou 487 ocorrências do mesmo tipo apenas no ano passado.
Segundo o gerente da Divisão de Tecnologia de Riscos Ambientais da Cetesb, Ricardo Serpa, a principal causa dos acidentes é a falha humana. Logo em seguida estão os casos de falta de conservação dos tanques ou dos veículos.
A Cetesb também informou que a maioria dos acidentes com cargas perigosas acontece na área da Grande São Paulo e envolve caminhões que carregam líquido inflamável, como combustíveis e outros derivados do petróleo.
"A nossa legislação é boa. Ela foi calcada nas normas do comitê de transportes da ONU (Organização das Nações Unidas). O que está faltando é um pouco mais de fiscalização."
Os produtos perigosos estão divididos em nove classes, entre elas as substâncias inflamáveis, tóxicas e corrosivas. Para que os produtos possam ser transportados, as empresas precisam obter um certificado anual mediante vistoria dos veículos e dar treinamento especial aos motoristas.
Os veículos também devem rodar com uma ficha técnica com informações sobre a carga e um kit com equipamento de emergência. A Polícia Rodoviária informou que multou 17.118 veículos no ano passado que circulavam sem obedecer as exigências legais. As multas vão de R$ 133 até R$ 665.



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